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Para uma história do ferreomodelismo
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Primeira página do Centro-Oeste nº 97 |
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Estações - As estações da Fepasa que estão funcionando no trecho de São Paulo a Panorama ficam fechadas a partir das 19h — ou após a passagem do trem PP-3 (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Toshiba - Locomotivas Toshiba iguais à mostrada a cores no CO-93/36 existem nos portos do Rio de Janeiro, Santos e Paranaguá.
Foram parte de um pacote abrangendo embarcadores, esteiras, ship-loaders etc., que se convencionou chamar "programa dos corredores de exportação" (José Pascon Rocha, Santos, SP).
Tentugal - A ABPF possui fotografia original do fabricante — do catálogo com as informações técnicas — onde a locomotiva aparece com a pintura da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB).
Pode não ter rodado na Leste, mas veio com a pintura da ferrovia. Quem sabe, a Leste Brasileiro não as vendeu para a usina de cana do Recife, ainda nova?
A ABPF as adquiriu da Usina Santo Amaro, de Campos, RJ (Hélio Gazetta F., ABPF-Campinas).
Marcado - Set/29 é o dia marcado para desativar alguns trens de passageiros entre São Paulo e Panorama (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Frango - Santa Catarina começa a visualizar, em futuro próximo, a implantação de uma nova ferrovia, e ao que parece através da iniciativa privada.
A Ferrovia do Frango, ou Ferrovia da Integração, deverá ligar o extremo oeste do Estado ao porto de São Francisco do Sul, no litoral norte.
Deverá transportar, entre outros produtos, frango, papel e celulose, grãos, fertilizantes, madeira, frutas e containers.
Aproveitará parte do trecho da SR-5 / RFFSA (Paraná e Santa Catarina). A ligação entre Mafra e Marcelino Ramos, com 609 km considerados críticos, também serão recuperados.
Talvez, um dia, alguém se lembre de que o projeto da antiga EFSC — cujo traçado contemplava o rico vale do Itajaí e cortava todo o centro do Estado, ligando o oeste ao porto de Itajaí — ainda é de suma importância para o desenvolvimento agrícola e industrial do interior (Fritz Gohring, São José, SC).
Pedradas - A colocação de telas de proteção nos carros de passageiros da Fepasa (CO-95/36) não é novidade para os baianos, pois os trens da CBTU de Salvador são equipados com essas telas há muitos anos, para proteger os usuários das pedras lançadas pelos moleques que infestam uma favela na região do Lobato.
Entretanto, nas vezes em que andei nos subúrbios daqui, não vi uma única pedrada contra as composições (Alexandre Santurian, Salvador, BA).
Portugal - Desde 94/Dez o troço da linha do Sul entre Penalva (fábrica Ford-VW) e Pinhal Novo, com extensão aproximada de 8 km, foi autorizada a 160 km/h.
Este troço apresenta características próximas às de uma linha de alta velocidade: ausência de passagens de nível, curvas de grande raio (1.600 m), rampas suaves (10 mm/m) e vedação total.
A julgar pelo armamento da mesma — travessas monobloco e carril de 60 kg/m — a velocidade de 160 km/h pode ser praticada, embora seja possível uma velocidade ainda maior (Bastão Piloto n° 170, de 95/Fev).
Desativado - O trem diurno que corria na antiga Sorocabana foi desativado em Setembro/14 (José Pascon Rocha, Santos, SP).
Santa Fé - O trem de passageiros para Santa Fé do Sul está suprimido desde Janeiro. Agora, os poucos trens vão até Araraquara e São José do Rio Preto (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Pinturas - Pedro Manfrin já havia levantado a questão das pinturas praticamente idênticas, das locos a diesel da EF Araraquara e da VF Rio Grande do Sul (CO-20/F-2).
Esta mesma pintura — o mesmo desenho, em vermelho, laranja, amarelo — também foi utilizada nas locos G8 com truques A1A-A1A da EF São Luís a Teresina, da qual pouco se sabe.
Penso que era o padrão de pintura aplicado pela General Motors nas locomotivas destinadas às ferrovias brasileiras, mas que só vingou nas GP9L e GP18 da EFA.
Penso, também, que a GM se baseou na pintura da Southern Pacific — cujas locos e carros apresentavam as mesmas cores, no mesmo estilo de desenho. Era uma das mais bonitas dos EUA (Rui Antunes, Guarulhos, SP).
IPTU - A RFFSA resolveu desapropriar as casas onde residem seus operários e aposentados, pois está atolada em dívidas do IPTU.
Essas casas têm mais de 60 anos e circundam todo o pátio da estação principal de Campo Grande (Cristiano Arruda, Campo Grande, MS).
Mauá - A recuperação do prédio da estação de Guia de Pacobaíba será o primeiro passo para a reativação da EF de Mauá, a primeira ferrovia do Brasil (1854), no município de Magé, RJ.
A decisão foi tomada pela prefeitura de Magé, ABPF-RJ, Preserfe / RFFSA, Associação dos Engenheiros Ferroviários (Aenfer) e políticos da região (Trem de Ferro n° 10).
Acidentes - Por motivos desconhecidos, muitos acidentes estão acontecendo nas linhas da ex-Paulista. Várias composições de vagões tanque estão dscarrilando entre Rio Claro e Bauru (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Só se vendo - Só mesmo a Fepasa para fazer isso: — Quando o trem tem 2 carros, colocam uma U20C; quando tem 4 ou 5 carros, colocam G12 e, às vezes, LEW, entre Bauru e São Paulo (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Parceria - O presidente da Fepasa, Renato Pavan, esteve em Jaú e outras cidades, em Jun/1° pp., reunindo-se com prefeitos para assinatura do programa "Trem da Parceria" — em que as prefeituras deverão cuidar da aparência da ferrovia, conservação dos prédios, capina, limpeza e passagens de nível.
Pavan afirmou que a empresa quer recuperar sua credibilidade. Vai modernizar o transporte de cargas e, principalmente, os trens de passageiros. Na linha da Paulista, novos trens de passageiros serão colocados em circulação, confortáveis e no horário.
O trem do presidente da Fepasa chegou em Jaú às 15h15. Era um trem especial, de luxo, com ar condicionado. O último carro possuía 2 enormes janelas na parte de trás (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Iô-iô - A linha Santos-Cajati — que pode ser desativada — teve seu último trecho inaugurado há apenas 8 anos, em 1987.
Construída no início do século, sob o nome Southern São Paulo Railway, para escoar a produção de bananas, por volta da década de 30 foi incorporada à EF Sorocabana e teve o tráfego suspenso em 1980.
Voltou em 1983 por iniciativa do então secretário de Transportes Mário Covas — o mesmo que agora parece que vai liquidar com ela.
Tem minas de calcáreo em Cajati; areia em Juquiá; e o polo químico-siderúrgico e cimenteiro em Santos e Cubatão. Será que é pouco? (Joel G. Pires, SP/SP).
TUEs - Os TUEs americanos (CO-96/27) circularam até 1978. Pelo menos, eu via uma unidade na linha de Santo Amaro a São Paulo (Joel G. Pires, SP/SP).
Quina - Com a desativação das locomotivas elétricas, estão passando por aqui trens com 5 locos U20C puxando 40 a 70 vagões.
Também trafegam por aqui quadriplex de Gp18, duples de U23C da RFFSA e duples de C30-7 da Quintella (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Arrego - Por falta de máquinas a diesel, algumas elétricas voltaram à cena. Flagramos aqui uma Russa rebocando um trem de passageiros.
Muitas locos a diesel estão se avariando com facilidade. Enquanto ficam na oficina, as elétricas as substituem (Evaldo Alves, Jaú, SP).
Queimados - Duas locos a vapor Mogul (2-6-0) da Usina Queimados, de Campos, RJ, foram vendidas.
Uma irá para Pouso Alegre, MG, comprada pelo Tarcísio Silva Santos para trafegar nos 6 km já prontos. Estive lá e há, agora, um trailer com uma jardineira.
A outra, sem tênder, foi para Brasília, em pedestal. Tem idéia de onde esteja? (Luiz Octávio, Rio, RJ).
Na mosca - O francês Pierre Clostermann, o ás dos ases da aviação de guerra francesa, nasceu em Curitiba, onde fez o primário, e cursou o ginásio em São Paulo, SP — segundo ficamos sabendo pelo Arte & Modelismo Informa (A&M) n° 39.
Seu Quadro de Caça inclui — além de 69 aviões destruídos ou avariados, uma refinaria, 5 tanques, 1 submarino, 225 caminhões etc. — nada menos que 72 locomotivas e 100 composições ferroviárias.
Como bombas e missões aéreas têm seu custo em dinheiro e vidas humanas, são destinadas aos alvos que de fato valem a pena. E os aliados sabiam o quê de fato importava atacar, para enfraquecer o inimigo.
Krupp - A EF Sorocabana também teve loco diesel-hidráulica Krupp com braçadeiras nas rodas. Eu as via manobrando na Barra Funda, Presidente Altino etc. Quem sabe mais sobre elas? (Joel G. Pires, SP/SP).
Subúrbios - Em Janeiro pp., fui até a estação Varginha, na linha de subúrbio da Fepasa que margeia o rio Pinheiros.
Embarquei na Barra Funda no trem para Itapevi, descendo em Osasco e baldeando para a linha com destino a Jurubatuba.
Ao longo da linha sul, existem vários out-doors alardeando a construção de novas estações, cujos nomes são Eusébio Matoso, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi, Granja Julieta e Socorro.
Chegando a Jurubatuba, deve-se passar pelo bloqueio (catraca), pois o transporte daí até Varginha é gratuito (assim como de Itapevi a Amador Bueno, na linha oeste).
Essa linha é servida pelos TUEs japoneses da Toshiba reformados. No horário normal, só uma composição circula ininterruptamente; e nos horários de pico circulam duas.
As estações do trecho são Jurubatuba, Interlagos, Grajaú e Varginha. Esse trecho é de bitola métrica, já que a mista termina em Jurubatuba.
A linha é singela, havendo uma segunda linha para cruzamento de trens em Interlagos e Grajaú. Em Varginha existe um desvio morto que serve à plataforma da estação.
As estações são compostas de uma cabine usada para sinalização de staff, e uma plataforma improvisada de madeira.
A rede aérea prossegue por mais alguns quilômetros, segundo um funcionário.
O grande inconveniente desses TUEs é que o carro-motor fica no meio da composição, que não possui engate articulado — só engate comum automático.
Quando o trem começa a andar, quem está nos carros extremos leva um tranco, porque esse tipo de engate tem uma folga na mandíbula que é desfeita quando o trem entra em movimento (Lourenço Paz, SP/SP).
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