Bibliografia: ferrovia e história
Tudo é passageiro
Expansão urbana, transporte público
e o extermínio dos bondes em São Paulo
Flavio R. Cavalcanti - 16 Jul. 2015
Tudo é passageiro
Expansão urbana, transporte público e o extermínio dos bondes em São Paulo
Ayrton Camargo e Silva
Annablume Editora, São Paulo, 2015
16 x 23 cm
166 p.
ISBN 978-85-391-0723-0
annablume.com.br
Transportes públicos e, em especial, o sistema tranviário de São Paulo são o campo de pesquisa do arquiteto e urbanista Ayrton Camargo e Silva.
É o que se pode verificar, pela parcela de sua produção disponível no site da ANTP [antp.org.br], em que antecipa algumas das linhas principais de sua pesquisa:
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50 anos de trolebus em São Paulo. Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 21 - 1999 - 3º trimestre, p. 49-60.
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Guia dos Bens Culturais Ferroviários: A surpreendente construção de um inventário. 12º Congresso de Transporte e Trânsito. ANTP. Olinda, 1999.
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Bondes: o inventário de um extermínio silencioso. 13º Congresso de Transporte e Trânsito. ANTP. Porto Alegre, 2001.
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Guia de museus de transporte público no Brasil. Ayrton Camargo e Silva e Valeska Peres Pinto. 13º Congresso de Transporte e Trânsito. ANTP. Porto Alegre, 2001.
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O extermínio do bonde em São Paulo como política pública. Revista dos Transportes Públicos - ANTP - ano 34 - 2011 - 3º quadrimestre, p. 31-37.
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Capa do livro Tudo é passageiro
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Detalhes do livro são dados pelo press-release do lançamento editorial:
“O livro, repleto de imagens fotográficas, ilustrações, charges de humor, além de uma vasta bibliografia, conta a história do extermínio dos bondes na capital paulista. Apesar do extermínio do bonde ser o tema central, o autor descreve a conjuntura de cada momento histórico, alinhando os grandes eventos políticos e as grandes mudanças econômicas e sociais do Brasil, como o impacto disso na cidade de São Paulo e em seu transporte público.
O interessante está em descobrir as consequências das escolhas dos dirigentes pelos modos de transportes que vão predominar dentro da história da cidade, assim como a maneira como o espaço urbano vai se organizando. Ayrton conta como as decisões foram tomadas, como se travaram as lutas empresariais para domínio dos modos de transporte e sua íntima relação com o poder estadual e nacional. Além disso, ele detalha como se fixavam as tarifas; como a Light entra e como sai de cena da operação; a forma com que os planos urbanísticos vão privilegiando o transporte sobre pneus, como o mercado imobiliário se nutre e alimenta esse modelo, como nasce a CMTC e, finalmente, como o bonde sai da história da cidade.
A narrativa nos permite compreender como a realidade vivida no transporte de hoje se deve às escolhas feitas em quase 200 anos de história e porque não se pode pensar em mobilidade sem entrelaçar seu impacto no desenvolvimento urbano da cidade”.
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