Mineradoras“O manganês tornou-se rapidamente o principal produto mineral de
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A 3ª edição do livro de Max Vasconcelos, de 1928, registra algumas informações sobre os primeiros tempos da Companhia Santa Matilde; do pátio ferroviário do km 460; e diversos ramais férreos de empresas mineradoras instaladas na região de Conselheiro Lafaiete [p. 127-134].
São informações que, em boa parte, não podiam constar do levantamento realizado duas décadas antes, pelo Centro Industrial do Brasil, nem, por consequência, dos mapas e livros daquela época, como a Memória histórica da Estrada de Ferro Central do Brasil, de 1908.
A Santa Matilde, por exemplo, tinha inaugurado sua fábrica de laticínios em 1913; e sua mineração somente em 1916, naquele ciclo de desenvolvimento muitas vezes descrito como de substituição de importações, impulsionado pela queda das correntes de comércio internacional durante a I Guerra Mundial [1914-1918], e é possível que vários dos demais empreendimentos citados em 1928 também datassem daquele momento.
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A parada do km 460 é citada por Max Vasconcelos como Chave da Companhia Santa Matilde, de modo bastante impreciso e errado:
«No km 360,… [460!], passa o trem pela chave da Companhia Santa Matilde; grupos de casas operárias surgem à esquerda, como um prolongamento do populoso bairro em que fica a estação» [p. 129].
Essa chave da Cia. Santa Matilde ainda não constava da tabela oficial de estações [p. 221], sendo citada apenas no texto.
Não há referência a nome ou apelido de Bananeiras exceto pela proximidade do rio Bananeiras, que a ferrovia margeia ao longo de 13 km, a partir de Buarque de Macedo, e atravessa cerca de 1 km depois da estação Lafaiete.
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Max Vasconcelos relata a existência de 4 ramais ferroviários e 1 linha aérea, em 1928, para trazer manganês das minas até a Linha do Centro da EFCB somente no município de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete:
O texto de Max Vasconcelos parece indicar que, tendo a ferrovia seguido as curvas de nível próximas ao rio Bananeiras, a estação Lafaiete teve de ser localizada bem abaixo e fora da cidade original de Queluz dando origem a um novo bairro, em torno da estação, cujo nome adotou:
«A estação Lafaiete serve à cidade de Queluz, em cuja parte baixa está situada, no amplo e movimentado bairro que lhe tomou o nome. O verdadeiro centro da cidade, invisível ao passageiro, fica à direita, em um planalto a que a importante rua Tavares de Melo proporciona fácil e rápido acesso».
A quebra de bitola já se havia deslocado para Burnier, cerca de 35 km adiante, porém mantinha-se em Lafaiete a baldeação para os trens de passageiros que faziam o sertão, talvez devido à infraestrutura já instalada, como as importantes oficinas do 5º Distrito da Locomoção e sistema de reversão, o que implicava em manter 35 km de bitola mista, até se julgar conveniente instalar novas infraestruturas em algum ponto mais além:
«Partem de Lafaiete os trens da bitola estreita (1,00 m) que, propriamente, só começa em Burnier, sendo portanto mista a linha até essa estação; a baldeação entretanto dos passageiros que se destinam ao sertão, é feita em Lafaiete».
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Estação ferroviária de Conselheiro Lafaiete no GoogleMaps |
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