Mapas da EFCB e ferrovias conectadas
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A obra de Max Vasconcelos tem duas características inconfundíveis, dentro da historiografia sobre nossas ferrovias: (a) uma massa enorme de informações técnicas, históricas e estatísticas; e (b) uma concisão absoluta de linguagem.
O formato não parece grande. As imagens em JPG não permitem medir o original, porém uma página de texto denso p. 20, uma das poucas sem imagem, título ou espaçamentos contém apenas 36 linhas, com uma média de 55 caracteres e espaços. Qualquer livro de tamanho "comum" (20,5 x 13,5 cm), com tamanho de letra típico para o "grande público", tem mais do que isso. Poderia perfeitamente ser um "livro de bolso", e ainda usar letras de tamanho bem legível.
O número de páginas ultrapassa um pouco o de um livro "comum". A numeração dos JPG disponíveis vai até 428; considerando os anexos, poderia chegar a umas 470 páginas. Além disso, há alguns mapas de maior tamanho, que são encartes dobrados.
Seja como for, está muito longe de um álbum como a Memória histórica da Estrada de Ferro Central do Brasil, que tem mais de mil páginas em formato de jornal tablóide [não cabem em scanner comum, e o peso ameaça quebrar o vidro]. No entanto, o livro de Max Vasconcelos talvez contenha 3 ou 4 vezes mais informações concretas. A leitura flui muito melhor. E como obra de consulta rápida bate qualquer anuário do IBGE: está tudo organizado, fácil de localizar.
Contrabalançando a modéstia do formato e a estrita economia do texto, contém um número impressionante de fotografias coisa que nunca foi barata, na edição de um livro, em especial naquela época, quando implicava na confecção quase artesanal dos clichês, exigindo horas e horas de mão de obra especializada.
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Exemplo da linguagem concisa é o Resumo histórico. Em apenas 9 parágrafos (p. 17-18) resume os antecedentes das ferrovias no Brasil, deixa para trás a novela de Thomas Cochrane e conclui a formação da Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II. No décimo parágrafo, começam as obras da ferrovia.
Daí por diante, cada parágrafo enumera uma série de trechos da ferrovia abertos ao tráfego, com a data e a extensão exatas. Apenas como exemplo, o 11º parágrafo, que cobre nada menos que 9 anos e quase 200 km da ferrovia:
"Em 29 de Março de 1858 abria-se ao tráfego o primeiro trecho da linha, entre D. Pedro II e Queimadas (km 48,278); em 8 de Novembro do mesmo ano, o de Queimados a Belém (km 61,749); em 12 de Julho de 1863, o de Belém a Paulo de Frontin (km 85,501); em 7 de Agosto de 1864, o de Paulo de Frontin a Barra do Piraí (km 108,222); em 18 de Junho de 1865, o de Barra a Barão de Vassouras (km 128,529); em 11 de Agosto de 1867, o de Barão de Vassouras a Paraíba do Sul (km 187,255); em 13 de Outubro do mesmo ano, o de Paraíba a Entre Rios (km 197,657)".
Quando um intervalo se faz necessário, observe a concisão com que resume 3 anos, entre a proposta de um novo trecho e o início das obras, no 12º parágrafo:
"Pelo gabinete de 16 de Julho de 1868, foi apresentada proposta para o prolongamento da Linha do Centro até o rio das Velhas; e a 6 de Agosto de 1871 tiveram início os trabalhos desse prolongamento".
Na p. 20, as datas de abertura dos trilhos da Linha do Centro já estão resumidas até Independência, na margem esquerda do rio São Francisco (1922); e detalha as duas linhas (métrica e larga) na região de Belo Horizonte. Breve intervalo para um retrato de Cristiano Ottoni (p. 21), e na p. 22 liquida o detalhamento das bitolas de cada trecho (km); as linhas quádruplas e sêxtuplas nos subúrbios do Rio de Janeiro; a proclamação da República, mudanças de nome (ferrovia, estação central).
Basta a p. 23 para um organograma da EFCB, com os órgãos e endereços de cada prédio da Administração.
Os Dados econômicos (exercício de 1927) resumem, em 9 páginas (24-32):
Nas páginas 325-342 após os dados comuns a todos os municípios , há um verdadeiro guia da cidade de São Paulo: Hotéis e Restaurantes principais; Telégrafos; Estradas de ferro; Correios; Mensageiros; Monumentos; Passeios; Teatros; Cinemas; Bancos; Consulados; Companhias de navegação; Jornais; Polícia civil e militar; Prefeitura e órgãos do governo estadual; Automóveis de luxo e auto taxímetros; Linhas de ônibus e de bondes.
A estrutura do livro de Max Vasconcelos Vias brasileiras de comunicação – Linha do Centro e Ramais (vol. I, 3ª edição, 1928) resume-se a 3 capítulos e alguns anexos:
Importante: O sumário acima contém várias simplificações, para não se tornar longo demais (teria de repetir a estrutura de informações em cada Ramal, por exemplo). Este sumário, portanto, não é um "índice": Serve mais para resumir o conteúdo, do que para indicar sua localização exata ao longo do livro. Também é bastante provável que apresente lacunas e erros, devido à falta de uma quantidade (desconhecida) de páginas; e ausência de numeração em várias outras.
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