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1926 - Planos Ferroviários
Plano José Luiz Baptista
Planos de Viação.
Evolução histórica (1808-1973)
Brasil. Conselho Nacional de Transportes. Rio de
Janeiro, 1973.
« Depois do plano da Comissão de 1890, foram apresentadas,
no decorrer do tempo, várias sugestões tendentes a
modificá-lo, sendo que algumas se adotaram, dando lugar a
novas linhas, incorporadas posteriormente à rede construída.
Entre outras sugestões, podem ser indicadas as seguintes:
- Constituição definitiva da Rede
de Viação Férrea Nacional, pelo engº
José Luís Batista.
- Meios de Comunicação no Brasil,
do engº Pandiá Calógeras.
- Política de Viação brasileira,
atuais redes de comunicações, futuras redes, do
engº Paulo de Frontin
Suscintamente, essas sugestões constavam do seguinte:
a) Constituição definitiva da Rede de Viação
Férrea Nacional,
pelo engº José Luís Batista
O engenheiro José Luís Batista organizou em 1923, quando
exercia as funções de chefe da Divisão Técnica
da extinta Inspetoria Federal das Estradas, interessante estudo, no qual
focalizou a necessidade da constituição da rede ferroviária
brasileira, ressaltando, porém, que as construções
até então realizadas não representavam esforços
tão dispersivos como geralmente se supunha; o que lhes faltava
era um plano de entrelaçamento, para o qual o ilustre profissional
apresentou sugestão. O plano esboçado compreendia:
-
Ligação Rio – Bahia — mediante o prolongamento
das linhas da EF Central do Brasil de Montes Claros, por Tremedal
(Monte Azul), até Bom Jesus dos Meiras (Brumado), na Leste
Brasileiro, e conclusão de trechos nesta última, de
modo a atingir-se a capital do Estado.
-
Ligação Rio – Maranhão — com
aproveitamento de parte da ligação anterior até
Paraguaçu, na rede baiana, e conclusão do trecho desta
entre Paraguaçu e Bonfim para atingir o trecho em tráfego
Bonfim-Juazeiro (Petrolina) e prosseguindo daí para Teresina,
onde alcançaria a estrada de ferro para São Luís
(Maranhão).
-
Ligação com os Estados do Nordeste,
compreendendo a sua interligação e a articulação
com as linhas anteriormente descritas, mediante a construção
dos trechos: Colégio – Cajueiro (Alagoas), Campina Grande –
Souza (Paraíba), Cauipe – Sobral (Ceará – Piauí),
Feira de Santana – Irará (Bahia).
-
Acesso ao Planalto Central, dirigindo-se à
velha capital de Goiás e ao território demarcado para
a nova capital do País, e passando por Belo Horizonte, Divinópolis,
Uberaba, Araguari e Tavares (hoje Vianópolis), de onde, mediante
o prosseguimento da construção da EF de Goiás,
partiriam duas linhas, uma para a capital do Estado e outra para Anápolis
e a futura capital da República.
-
Ligação com Florianópolis, pela
construção de um ramal partindo de Parati na linha de
São Francisco da EF S. Paulo – Rio Grande e indo até
a vila do Estreito na parte continental do Estado, em frente à
capital de Santa Catarina.
O trabalho do engenheiro José Luís Batista, que se completa
com valiosas considerações de ordem econômica, relativamente
ao regime de construções, constitui importante subsídio
a estudos posteriores, principalmente aos do Plano
de 1934, de cuja comissão fez parte o eminente profissional.
(...) »
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