« Depois do plano da Comissão de 1890, foram apresentadas, no decorrer do tempo, várias sugestões tendentes a modificá-lo, sendo que algumas se adotaram, dando lugar a novas linhas, incorporadas posteriormente à rede construída. Entre outras sugestões, podem ser indicadas as seguintes:
Suscintamente, essas sugestões constavam do seguinte: c) Política de Viação brasileira,
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São estas as principais sugestões do plano Frontin, no qual é de se destacar ainda o prolongamento da EF Noroeste, de Corumbá para a Bolívia, passando em Santa Cruz de la Sierra e indo ter a Cochabamba, onde se articularia com a estrada de ferro Pan-Americana, constituindo uma transcontinental.
Tais linhas internacionais estão sendo construídas, e a última deu lugar à EF Brasil – Bolívia [parece indicar aproveitamento de um texto anterior a 1973].
No tocante à EF Goiás, Frontin aconselhou, em seu plano de 1927, o prolongamento para oeste passando em Cuiabá, de modo a atingir os pontos extremos de navegação dos rios Paraguai e Guaporé.
De um modo geral essa diretriz foi aceita e incluída nos planos posteriores.
A esse propósito declarou Frontin: "Se não pudermos construir imediatamente essas vias férreas, construamos estradas de rodagem, estabelecendo comunicações regulares, por meio de automóveis. É uma solução econômica embora não definitiva."
Como se vê, Frontin admitiu o lançamento da estrada de rodagem, com a função pioneira ou desbravadora da região, precedendo a estrada de ferro. Isso para sua época, em que só se compreendia a estrada de rodagem com a função alimentadora da ferrovia, representava uma idéia avançada, embora não tenha ele focalizado a simultaneidade e relativa independência dos meios de transportes, que hoje se admitem.
Frontin considerou outrossim, no seu plano, a navegação fluvial. Referiu-se ao aproveitamento dos trechos navegáveis de vários dos nossos rios, destacando-se o Paraná, o Paraguai, o São Francisco e os da bacia Amazônica.
As sugestões de Paulo de Frontin, embora se enquadrem de preferência no domínio ferroviário, foram úteis e muitas delas serviram de base a soluções definitivas, que se adotaram posteriormente.
A orientação obedecida no traçado dos grandes troncos, cujo estabelecimento Frontin recomendava, pode-se deduzir pelos trechos da exposição com que justificou suas sugestões:
"— De fato o Brasil, durante mais de três séculos foi colônia de Portugal, e as relações entre as diversas capitanias eram quase exclusivamente com a metrópole. A direção para o mar era, pois, o caminho pelo qual, ligado à navegação, se ia à metrópole. E por isso, ao se substituir a divisão territorial das capitanias pela de províncias, cada uma procurou dirigir sua viação férrea para o mar, visando a exportação de seus produtos.
"Não se considerou que, ao lado da exportação, tinha de se levar em conta o consumo da própria população> em se tratando de uma população diminuta como era no período do Brasil colônia — com uma produção relativamente grande, esse sistema satisfazia às necessidades. Mas à medida que a população cresce e aumentam as relações entre o produtor e o consumidor nacionais, é indispensável, pra o desenvolvimento da riqueza pública, que haja a mais intensa circulação, rápida e barata, entre estes dois elementos: produção e consumo.
"Não se obedeceu, porém, a essa orientação, excetuando o traçado da EF Central do Brasil, justificado por se tratar da capital do País, e assim ponto inicial da nossa rede de viação férrea; nas outras estradas de ferro que sucessivamente se foram construindo, uma procurou Santos, outra a Bahia, outra Recife, outra Cabedelo, porto do Estado da Paraíba, outra Fortaleza, outra Belém do Pará, outra Paranaguá, outra Imbituba, etc., e assim se verificou a tendência dos traçados para o mar, incontestavelmente contrário ao desenvolvimento da riqueza pública pela intercomunicação ferroviária entre os diversos Estados da União.
"O que se me afigura condição indispensável à indissolubilidade e integridade do território da nossa Pátria, é que essas linhas sejam levadas a efeito, permitindo comunicações rápidas e econômicas entre as diversas regiões do nosso território; só assim poderemos dirigir para o nosso hinterland a colonização nacional e estrangeira, que permitirá o povoamento de uma vastíssima região, calculada em 5.300.000 quilômetros quadrados, cuja população é atualmente insignificante."
Entrementes, na oportunidade em que o engenheiro Paulo de Frontin apresentava estudos para uma planificação dos transportes no Brasil, ocorria, em escala elevada, uma expansão do sistema rodoviário, que estaria a reclamar dos governantes uma melhor atenção. Esse sistema passava a proporcionar um maior desenvolvimento para o sistema dos transportes com relfexo bem pronunciados na economia nacional.
A concorrência do novo sistema introduziu pronunciado desequilíbrio financeiro na exploração das vias férreas, maior do que se poderia esperar, se apreciada pelo volume de massa que passou a utilizar-se do caminhão, com prejuízo da via férrea.
Assim o sistema rodoviário já em 1927 passou a constituir mais um problema a ser observado pelos governos, entrosando-se no estudo geral do problema de transportes entre nós. »
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