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Para uma história do ferreomodelismo no Brasil
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Dicas de projeto e desenho da maquete
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A geometria do conjunto original de "trilhos" rígidos Frateschi funcionava como um teorema, regendo e dando sentido à modularidade dos kits e construções decorativas várias delas lançadas muito tempo antes, sugerindo um sistema global planejado com bastante antecedência.
Não foi uma invenção a partir do zero. Seguia padrões bastante comuns, e que ainda hoje se encontram em vários fabricantes de ferreomodelismo. Seria interessante pelo contrário rastrear a origem dos padrões (ou falta de padrões racionais) da Atma.
Os "trilhos curvos" da Atma, por exemplo, não permitiam formar uma ferrovia tripla, com linhas regularmente espaçadas. Da curva mais fechada (raio = 360 mm), a Atma pulava para outra de (raio = +/-470 mm), deixando um espaçamento lateral de nada menos que 110 mm. A terceira curva Atma, com (raio = +/-520 mm) deixava um espaçamento lateral de apenas 50 mm. Além disso, a curva mais fechada (raio = 360 mm) tinha seção de 36 graus, inviabilizando o ângulo de 90 graus em um canto de mesa. Talvez por problemas como esse, os manuais Atma eram confusos, pouco transparentes quanto à geometria de seus trilhos para planejar a maquete.
Os catálogos, manuais e folhas de instruções da Frateschi, pelo contrário, chegaram ao mercado ensinando sua geometria de forma simples e clara. Como obter, por exemplo, o espaçamento necessário à colocação de uma plataforma entre duas linhas. Como espaçar os trilhos para uma oficina de locomotivas feita de múltiplos módulos. Ou para aproveitar as várias opções de montagem do portal de túnel.
Como reflexo dessa clareza de projeto, os códigos de referência indicavam as medidas exatas dos trilhos ref. 4165 para indicar a reta de 165 mm no "desvio"; ref. 4166 para indicar o comprimento exato da curva correspondente; ref. 4220 para a reta de 220 mm; e assim por diante.
É interessante observar que, enquanto a Atma oferecia um trilho de 165 mm como reta padrão, a Frateschi adotou 220 mm, coadjuvada por outra de 110 mm. A soma é igual (165 + 165) = 330 = (220 + 110), ajustando-se às suas pontes ferroviárias metálicas em estilo antigo, respectivamente de 165 mm (ref. 1501) e de 330 mm (ref. 1510).
Mas, para trechos mais longos, a reta de 220 mm reduz o número de emendas. Além disso, oferece aclive constante de 2,27% com a rampa kit em módulos (pinos superpostos) de 5 mm de altura. Uma reta de 165 mm daria aclive de 3,0%, que já começa a ser excessivo para os ferreomodelos.
Onde a Atma oferecia um único "trilho de ajuste", reto, de 157 mm, a Frateschi ofereceu os de 55 mm e de 45 mm, os quais, associados ao de 110 mm, somam, respectivamente, 165 mm e 155 mm. A flexibilidade possibilitada para o projeto da maquete mostrou-se muito maior, permitindo solucionar praticamente qualquer situação, no âmbito dos "trilhos rígidos".
O catálogo da Lima, de 1971 / 1972, indicava os seguintes "trilhos" por sinal, com perfis de alumínio, ou liga metálica muito semelhante:
Ref. Lima | "Trilho" |
---|---|
3020 | Reta 220 mm |
3021 | Reta 110 mm |
3022 | Reta 55 mm |
3025 | Reta 110 mm - terminal |
3026 | Reta 110 mm - alongável até 165 mm |
3027 | Desengate manual |
3040 | Cruzamento 18° - retas 220 mm |
3041 | Cruzamento 36° - retas 235 mm |
3050 | AMV direito, 18°, raio = ? |
3051 | AMV esquerdo, 18°, raio = ? |
3011 | Curva raio = 430 mm, ângulo = 30° |
3030 | Curva raio = 360 mm, ângulo = 36° |
3031 | Curva raio = 360 mm, ângulo = 18° |
3032 | Curva raio = 360 mm, ângulo = 9° |
Como disse, a originalidade não foi mérito da Frateschi, que adotou várias medidas de tradicionais fabricantes de ferreomodelismo na época. No entanto, soube escolher entre as alternativas já usadas e comprovadas, as que melhor formavam um sistema coerente e prático.
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