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Miniaturas de automóveis da Herpa do Brasil em escala HO, utilizáveis em maquetes de ferreomodelismo
Voyage – Santana – Del Rey – Passat – Monza 3 volumes – Monza Hatch

Miniaturas para maquetes de ferreomodelismo
Entrada da Herpa vira uma página

Centro-Oeste n° 64 — 10-Mar-1992

O lançamento de automóveis HO pela Herpa do Brasil começa a encerrar uma longa época, em que o modelista tinha de fazer malabarismos.

Os modelos em escala HO (1:87) que a empresa começou a fabricar em 91/Nov — com moldes e tecnologia da Herpa alemã (Fritz Wagener) — pouco ou nada ficam devendo às melhores marcas do mundo.

Impressionam, especialmente, os modelos com pintura metálica, cujos detalhes adquirem grande realismo.

Além do Monza, Monza Hatch e Voyage (Quadro), a Herpa do Brasil já está preparando mais 3 lançamentos, para dentro de 1 mês; e anuncia que pretende lançar seu primeiro modelo de caminhão em outubro.

A intenção declarada pela empresa é continuar lançando novos modelos; bem como, utilizar a impressão nos modelos por processo tampográfico.

Ainda não é o paraíso. Os moldes enviados ao Brasil são itens retirados de linha na Alemanha. Não é tão grave, pois muitos protótipos também são. A dificuldade é que nem sempre os protótipos são iguais, lá e aqui.

O Opel Ascona reproduz bem o Monza 4 portas (Foto de Capa). O mesmo já não acontece com o Monza Hatch", que no Brasil só teve versão 2 portas, com vidros inteiriços onde seriam as portas de trás. O modelista mais exigente deve fazer uma cirurgia com massa, bisturi, e nova pintura.

O Audi 80 GTE também reproduz bem o Voyage 4 portas, ainda que o comum no Brasil seja de 2 portas. Bem de perto, o logotipo da Auto Union — 4 círculos entrelaçados — pode estragar o sono dos mais fanáticos.

A Herpa do Brasil foi criada há cerca de 2 anos, especialmente para produzir no País os modelos HO (1:87) da Fritz Wagener. Desde janeiro, encontra-se em novo endereço:

Herpa do Brasil Ind. de Brinquedos Ltdª R. Cel. Herculano de Araújo, 76 81050 Curitiba, PR Fax / Tel.: 041-246-1088

Detalhamento

O 3 modelos trazem detalhes perfeitos do corpo — retrovisor lateral, maçanetas, tampa do tanque, frisos laterais, entradas de ar etc.

Mas é com a pintura metálica que esses detalhes se destacam, devido ao contraste entre as partes do relevo que brilham e as que ficam sombreadas, de qualquer ângulo que se olhe.

O "vidro" proporciona ótima visão do interior. Lá estão as linhas horizontais no vidro traseiro; e até o retrovisor interno — uma ilusão criada em relevo, na superfície interna do para-brisa. Pode-se pintar o retrovisor, tornando a ilusão ainda mais perfeita.

No Voyage, também é no "vidro que surge o limpador de para-brisa, em relevo, podendo ser pintado para obter um aspecto ainda mais real.

Nos modelos Monza, os limpadores dianteiros são peças finíssimas do corpo do modelo — na mesma cor — projetando-se sobre o para-brisa. No Monza Hatch, há o limpador traseiro, também moldado com o corpo. O maquetista exigente não hesitará em pintá-los, para torná-los ainda mais reais.

Nos modelos Monza, até os faróis são em plástico transparente, não dispensando o relevo do "vidro" (hachuras horizontais). As lanternas traseiras limitam-se ao relevo, podendo ser pintadas para dar mais vida.

Desmontando

Os modelos Herpa podem ser desmontados facilmente, uma vez que todas as partes são projetadas para se encaixarem — como um sanduíche de vários "andares" — , sem uso de cola.

Um "ferrinho de dentista" (Tenax n° 5) mostrou-se ideal para este fim. Insere-se a ponta entre uma e outra "camada", e usa-se como alavanca, afastando-as. Procure fazer isso nas 2 pontas, para não forçar os encaixes.

Escolhi um Monza sem pintura metálica (plástico injetado em vermelho e em preto), o modelo com maior número de "camadas". Encontrei as seguintes camadas, de baixo para cima:

  • O chassi (plástico preto) com todo detalhamento inferior. Nessa "camada", estão os 4 pinos que fixam as demais.
  • A parte inferior do corpo (vermelho), abaixo do friso. Junto com o chassi, prende o eixo das rodas.
  • A "fatia" fina a meia altura do corpo (plástico preto) com os para-choques, friso lateral e grade do radiador. Essa última, prende os faróis em cunha. Puxe o "vidro" para trás, para soltá-lo.
  • A camada em plástico preto com os detalhes do interior.
  • A camada transparente com os faróis e os "vidros".
  • A parte superior do corpo, em plástico vermelho.
  

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Além dessas 6 peças, o modelo é formado pelos pneus, as rodas em plástico prateado, e os eixos de aço. Cada roda parece soldada ao eixo, o que evita problemas. Os pneus desencaixam da roda para dentro, evitando sua perda.

O sistema de "camadas" facilita modificações e nova pintura, pelo maquetista, partindo de um modelo em plástico branco (FRC).

Um nome de peso

Automóveis e caminhões da Herpa alemã ocupam 8 das 68 páginas que a Walthers dedica, em seu catálogo HO, às marcas que distribui para as lojas dos Estados Unidos.

São especialmente interessantes os "acessórios", entre os quais, containers de 20 e de 40 pés; e diversas peças avulsas, como sirenes, retrovisores, pneus, rodas, decais etc.

Infelizmente — para os que preferem ferrovias antigas —, a linha Herpa só inclui automóveis e caminhões modernos.

Também está claro que nem a Herpa, nem outro fabricante estrangeiro, dispõe de uma linha de moldes 100% adequados à realidade brasileira, e que pudessem ser licenciados para produção local.

Um ponto a meditar, quando se discute a Frateschi (FRC).

  
Modelo
Cores
Protótipo
Monza
Verde metálico, Cinza metálico e Branco
Opel Ascona
Monza Hatch
Vermelho e Branco
Opel Ascona
Voyage
Azul metálico e Branco
Audi 80 GTE
Infelizmente — como se viu depois — a página não foi virada. A Herpa do Brasil chegou a acumular a produção de vários meses em estoque, devido à pouca saída, e afinal desistiu do empreendimento
(FRC, 18-Nov-2000)
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