A pesquisa do Centro-Oeste é feita todos os anos,
através da ficha de assinatura e/ou mudança de endereço. Infelizmente,
a maioria dos amigos já não preenche a ficha e, de meados de 89
a meados 90, computamos apenas 140 formulários.
Adotamos estes parâmetros:
Consideramos todas as 140 fichas, e somente elas,
ignorando tudo mais que sabemos sobre aquelas ou sobre outras pessoas
A cada campo deixado em branco, em cada ficha, registramos
um ponto para "não declarado". Com isto, a soma sempre deve atingir
140, nos itens que só admitem uma resposta. Nos demais itens, além
da percentagem absoluta (resposta no total dos 140), também é possível
encontrar a percentagem relativa — ou seja, considerando apenas
os chamados "votos válidos".
Distribuição geográfica
Percentagem
Absol.
Relat.
Sudeste
70,0
–
Estado SP
47,1
–
Grande
SP
24,3
–
Estado do Rio
14,3
–
Minas Gerais
7,9
–
Sul
17,9
–
Centro-Oeste
6,4
–
Norte/Nordeste
4,3
–
Procedência
A primeira coisa a considerar é que o grupo pesquisado
não representa todo universo dos modelistas brasileiros — e isso
afeta os resultados.
Primeiro contato
Percentagem
Absol.
Relat.
Anúncios
35,0
38,6
Cortesias
25,7
28,3
Amigos
15,7
17,3
Lojas
15,0
16,5
Não declararam
9,3
–
Há 4 anos, nosso cadastro era fortemente influenciado
por algumas grandes listas de endereços (com base nas quais remetemos
milhares de exemplares de cortesia), além da divulgação por alguns
revendedores. Minas Gerais e a região Sul estavam mais presentes,
bem como a clientela de certas lojas e marcas.
De lá para cá, a divulgação em jornais e revistas
tem sido uma política constante, enquanto as indicações de amigos
não páram de acontecer — dois fatores que tendem a concentrar os
novos assinantes no Rio e São Paulo, porém atingem um grupo de perfil
bem mais variado.
Nascimento
Percentagem
Absol.
Relat.
Anos 70
3,6
3,8
Anos 60
14,3
15,3
Anos 50
43,6
46,6
Anos 40
18,6
18,8
Até anos 30
13,6
14,5
Não declararam
6,4
–
Entrada no hobby
Percentagem
Absol.
Relat.
Anos 80
53,6
64,7
Anos 70
16,4
19,8
Anos 60
9,6
10,3
Antes
4,3
5,2
Não declararam
17,1
–
Idade e antiguidade
Estes são dois itens complicados para se comparar,
nas diversas pesquisas do Centro-Oeste. Nosso parâmetro, de fato,
são as décadas. A idade nada diz sobre o que está acontecendo —
exceto que o tempo vai passando, óbvio — , e o que interessa, a
meu ver, é a participação das diferentes gerações (nascimento) e
das diversas fases em que o hobby conquistou mais ou menos adeptos
(antiguidade).
Observamos dois fenômenos:
Depois do "envelhecimento médio" dos leitores do
CO, de 1986 para 1987, constatamos agora o contrário: Aumenta a
participação das gerações dos anos 50 e 60 (de 1/2 para 2/3) e diminui
a das gerações anteriores, de 1/2 para 1/3 do total.
Seria lógico esperar que, ao mesmo tempo, aumentasse
a participação dos que entraram para o hobby nos anos 80, inclusive
porque em 1986 a década ainda tinha muitos adeptos novos pela frente
— ou, parecia ter. Na realidade, a participação dessa década caiu
pouco mais de 1%. Hoje temos mais assinantes que entraram para o
hobby nos anos 60 e 70, e muito menos assinantes que entraram para
o hobby antes dos anos 60.
Maquetismo
Percentagem
Absol.
Relat.
Têm maquete
45,0
49,6
Até 3,5 m2
16,4
3,5 a 7,0 m2
12,1
Maior 7,0 m2
9,3
Área não decl.
7,1
Não têm
45,7
50,4
Já tiveram
15,7
Nunca tiveram
26,4
N. decl. se tiveram
3,6
Não decl. nada
9,3
–
Maquetismo em queda
Além da década de 80 não ter mostrado, até agora,
o crescimento de adeptos do hobby que se esperava para seus anos
finais, também parece ter provocado um retrocesso no hábito de fazer
maquetes. Em 87, aliás, o percentual já havia caído de 57,8 para
menos da metade.
Material adquirido
Percentagem
Absol.
Relat.
Só nacional
37,1
41,9
Misto
45,7
51,6
Só estrangeiro
3,6
4,0
Nenhum material
2,1
2,4
Não declararam
11,4
–
Frateschi
80,7
91,1
Atma
40,7
46,0
Pioneer
2,1
2,4
Lima
22,1
25,0
Atlas/Kato
15,0
16,9
Athearn
11,4
12,9
Fleischmann
10,7
12,1
Roco
9,3
10,5
Märklin/Hamo
9,3
10,5
Rivarossi
7,9
8,9
Material e lojas
A posição ocupada hoje pelo material Lima, Atlas
e Athearn, considerando outros itens da pesquisa, indica que são
realmente as marcas estrangeiras mais populares no Brasil. Porém,
em 87 — quando nossa pesquisa apresentou tantas guinadas que depois
se reverteram —, Lima e Athearn foram das que apresentaram maior
queda.
A evolução das lojas confirma o que já havíamos
observado na pesquisa de meados de 1988 (CT-4/5). Tudo indica que
a clientela das lojas é um dos poucos itens realmente sujeitos a
mudanças firmes, em período tão curto quanto 2 ou 3 anos (FRC).
Escalas adotadas
Percentagem
Absol.
Relat.
Escala HO
89,3
97,7
Escala N
2,9
3,1
Não declararam
8,6
–
Lojas preferidas
Percentagem
Absol.
Relat.
Lupatelli
37,9
53,5
Rio Grande
18,6
26,3
Strambi & Frenhi
11,4
16,2
Hobbylândia
9,3
13,1
Minitec
7,1
10,1
Russo / Brinca & Quebra
4,3
6,1
Não declararam
29,3
–
Hipóteses
É muito difícil apresentar uma explicação para a
maioria das mudanças observadas na pesquisa de mercado do Centro-Oeste,
de 86 para cá (CO-14/4, CO-21/1 e CT-4/5). Várias hipóteses acabaram
se mostrando insatisfatórias.
Uma pista interessante é que, até 87, não tínhamos
divulgação regular através de anúncios e, portanto, o acesso ao
CO era mais seletivo — o que podia nos encher de orgulho, por "obter
a confiança dos veteranos", mas significa que não estávamos cumprindo
bem nosso objetivo.