No centro do travessão, existe um ímã para desengate, devendo-se "quebrar"
a composição exatamente ao meio.
A locomotiva avança mais um pouco em E2, vira-se o AMV, e recua para
E1 — onde outro ímã permite desengatar a locomotiva (Fig. 9).
Tudo isso pode ser feito, mesmo que exista um trem completo (2,4 m) estacionado
em E5 ou E6.
Se um trem completo estiver parado em E3 e E4, aguardando partida para
o sul (H1), o trem contrário pode entrar por E1 e E2. Depois que o outro
partir, o trem recém-chegado deixa metade dos vagões em E1 e recua para
deixar o resto em E3.
Um dos pátios da plataforma (P1 ou P2) estará desocupado nesse momento.
A locomotiva desengatada avança até a haste de saída norte (H2) e retorna
pela plataforma para H1 e D3, onde se abastece e/ou segue para a oficina.
Uma manobreira virá por H1 e empurrará os vagões de E3 para o feixe de
classificação (E4, E5, E6). Depois empurrará os vagões de E1 para E2,
voltará com eles por E3 e fará o mesmo.
Os pátios E7 e E8 ampliam um pouco a capacidade de classificação
de vagões, além de permitirem estacionar vagões (e até locomotivas) fora
de uso no momento.
Se o trem destinado às manobras chega do "norte" (H2), também pode
entrar em E2 e "quebrar" na metade, na passagem sobre o travessão
para E3. Ou entrar por E4, "quebrar" na metade e recuar com o resto
para E2, E5 ou E6.
A mini-ferrovia comporta, portanto, 4 a 5 locomotivas e mais de
50 vagões — entre trens formados ou não.
Chegando perto do limite de vagões, as manobras começam a tornar-se
um quebra-cabeças absorvente.
Mesmo que não haja um trem circulando na via principal (comandado,
é claro, por outro modelista), é desnecessário ocupar com manobras
as hastes de saída / chegada H1 e H2 — exceto para troca de locomotivas
que envolvam o depósito (indo / vindo), ou quando uma locomotiva
dirige-se à outra extremidade do trem.
De fato, a manobreira pode ser deixada em E4, sem perturbar a "quebra"
e classificação de um trem que chegue de qualquer direção.
Caixa acústica
Você pode perguntar: — Como vou saber a situação do trem dentro
do desvio escondido C2...?
Ou poderá dizer: — Será necessário um circuito eletrônico para
detectar e indicar a posição exata do trem dentro do desvio escondido
C2.
Fato é que o relevo "casca-de-ovo" (papel de embrulho + papel higiênico
+ cola branca + 50% de água) funciona como a caixa acústica de um
violão.
Nos trechos já lastreados ("empedrados") — principalmente na subida
— a composição fazia um belo ruído de monstro subindo a serra. Era
gostoso.
No pátio superior, planejei formas de assinalar a posição exata
dos ímãs — escondidos dentro da
cortiça e da madeira — através de figuras, moitas, sucatas etc.
Nem isso foi preciso! Ao recuar os engates de 2 vagões sobre um
desses ímãs, ouvia um "tléc" tão nítido, dos engates levantando,
que nem precisava olhar.
Da mesma forma, nunca cheguei a ter dificuldade para identificar
a posição exata da locomotiva ou do último vagão do trem escondido em C2.
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