Flávio R. Cavalcanti – Centro-Oeste nº 7 (jun-1985)Adotando várias características da EF Pireneus-Paraná — pátio em nível superior, cruzamento intermediário inferior, aproveitamento do espaço em vários níveis, formato em "L", etc. —, o resultado mais ou menos inevitável foi um projeto fisicamente muito semelhante para a EF Paranaíba-Aragarças. Se você acompanhar o trajeto de uma composição que saia da estação superior em qualquer direção, nas duas maquetes, poderá verificar que a disposição das linhas é a mesma, no espaço. A partir daí, a experiência anterior, juntamente com o maior espaço disponível, permitiram introduzir uma série de aperfeiçoamentos na EFPA (Fig. 6):
O triplo desvio oculto debaixo da estação, no nível zero, apresentou-nos um problema à esquerda, onde teria de cruzar o rio, exatamente debaixo da saída esquerda da estação superior, situada no quarto nível. Seria terrível colocar uma ponte com três vias cruzando o rio entre dois túneis, com outra ponte exatamente em cima, a 240 mm de altura. (Este problema não ocorre na EFPP). A solução adotada na EFPA foi a construção de uma represa à altura dos níveis 2 e 3, servindo de base aos pilares da ponte à esquerda do pátio superior [Causou terrível comoção a sentença do colega e engenheiro Marcos Brandão, de que uma represa não pode servir de base a pilares de um viaduto ferroviário, devido às vibrações]. A inclinação acentuada do paredão da represa, juntamente com a casa de força, esconderão este trecho do triplo desvio subterrâneo. Uma eclusa dará passagem às barcaças e rebocadores, contribuindo para compor uma paisagem de densidade econômica relativamente forte. Apesar dessa densidade, pode-se dizer que há poucos trilhos em toda a maquete, afora o pátio superior, Tirando o cruzamento inferior para cá do rio e os cinco desvios industriais dos níveis intermediários, o restante da paisagem é de boqueirões, ravinas, encostas e precipícios. No interior da pera de retorno à esquerda (ponta menor do "L"), haverá uma encosta mais ou menos suave, formando uma espécie de anfiteatro natural, de paisagem rural. Ainda não foi totalmente descartada a alternativa de substituir o rio navegável de 400 mm de largura por um córrego com vegetação de vereda ou mata de galeria. O rio navegável exige pontes de concreto, por serem curvas, enquanto um córrego poderia ser superado por estruturas em treliça, bem mais simpáticas e de acordo com as locomotivas a vapor. Uma vez que o trajeto da EF Paranaíba-Aragarças tem uma extensão considerável (40 metros), movimentando-se em todos os sentidos, revertendo a direção e perdendo-se de vista em 4 túneis e três desvios completamente ocultos, não vimos necessidade de introduzir laços ("loops") nem triângulos. A presença do girador no pátio de locomotivas soluciona esta questão quanto às locomotivas a vapor. Tal como na EFPP, o pátio é composto de duas linhas para cruzamento junto à plataforma; duas linhas mais afastadas com travessão, para formação e quebra de composições; e vários desvios mortos para classificação de vagões. As linhas diante da plataforma terão apenas eletroímãs para desengate ocasional das locomotivas. O pátio de formação e quebra de composições disporá de apenas três ímãs de desengate, um situado no centro do travessão e os outros dois nas adjacências.
Uma composição que chegue ao pátio deve sempre entrar de maneira que passe para a outra linha pelo travessão, em cujo ímã deixará metade dos vagões. Em seguida, recuará para a linha ao lado, desengatando a locomotiva para recolhê-la ao depósito Em seguida, a manobreira virá pela esquerda e distribuirá os vagões nas linhas do pátio de classificação, cada uma das quais terá um ímã tradicional na entrada. Os AMVs ("desvios") situados ao longo da via principal e seus desvios de cruzamento são todos de número 6 ("#6"), com raio equivalente a 1.000 mm e ângulo de 9,5°, para operação de qualquer locomotiva a vapor. «» ª Estrada de Ferro Paranaíba-Aragarças
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