Flávio R. Cavalcanti
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Trata-se agora de desenhar, serrar e instalar as bases de madeira que sustentarão a cortiça, dormentes e trilhos das linhas individuais.
A Fig. 26 (acima) mostra uma alternativa simples, quando existem poucas linhas "suspensas" acima da superfície geral — fazer o recorte no próprio compensado que recobre a mesa. O planejamento pode ser feito no local, assentando provisoriamente as linhas e marcando o compensado com um spray de tinta à base d'água. À medida que as linhas sobem, a base pode ser sustentada por calços de altura progressivamente maior.
Para quem fez o projeto no chão, sobre grandes folhas de papel marcadas com spray de tinta sobre os trilhos, também não há dificuldade.
Trata-se de transferir o desenho das linhas para uma folha de compensado — procurando arranjá-las de modo a reduzir o desperdício ao recortar as bases de madeira (Fig. 31).
Lembre que essas bases têm uma largura (60 a 75 mm) maior do que os dormentes marcados no papel pelo spray.
Quanto mais longos os trechos recortados, menor o número de emendas na maquete — portanto, bases mais sólidas para as linhas.
Fazendo o projeto no computador, também há facilidades para colocar essas curvas em papel, na escala 1:1 — convém emendar vários desses papéis, para obter trechos maiores no recorte da madeira.
Em todos os casos, é interessante acrescentar as retas às curvas, para obter recortes mais longos na madeira — sempre com o objetivo de reduzir o número de emendas na maquete.
A emenda dos vários recortes de madeira deve ser feita, de preferência, antes de instalar na maquete — de modo a trabalhar com bases do maior tamanho possível, 2 ou 3 metros, e até mais, o que facilitará o assentamento dessa base, além de torná-la mais sólida.
A emenda se faz conforme na Fig. 32, com uma tábua de comprimento 4 vezes maior que a largura.
Disponha as duas peças a serem emendadas sobre a borda de uma mesa ou bancada plana e lisa, de cabeça para baixo — isso é importante devido à direção das curvas — e aplique por cima a emenda.
Para maior firmeza, espalhe uma camada fina de cola branca, raspe o excesso, aplique a emenda, aperte com grampos ou sargentos, e fixe com 8 parafusos.
Longos trechos de recortes previamente emendados — até 3,5 metros — são o ideal para o assentamento sobre a estrutura.
As últimas emendas, já na maquete, seguirão o mesmo princípio empregado antes — exceto que, agora, serão feitas de cabeça para cima, com a emenda por baixo, conforme na Fig. 33.
O assentamento será feito sobre fileiras de apoios verticais, previamente fixados nas travessas, proporcionando a elevação prevista para a linha em cada ponto do trajeto.
A instalação dos apoios verticais também deve ser feita por tentativas, fixando-os provisoriamente com grampos ou sargentos, e deixando uma sobra para os ajustes.
Onde a base da via apresenta uma emenda, a elevação prevista para o apoio vertical deverá ser reduzida para compensar.
Enfim, deve-se checar a elevação e a declividade da base ao longo de todo o trecho, antes de fixar definitivamente os apoios verticais e serrar a sobra abaixo das travessas.
A elevação da base ao longo de todo o trecho deve ser verificada com o nível de mangueira, referida à régua afixada na parece.
A declividade deve ser checada, para não ficar excessiva num ponto, mas distribuir-se de modo uniforme ao longo de todo o trecho.
Para isso, use um nível de bolha e um calço, conforme na Fig. 36.
A altura (H) do calço deve ser determinada de acordo com o comprimento (C) do nível de bolha. A divisão da altura pelo comprimento (H/C) indicará a declividade (D) em percentagem.
O nível de bolha também pode ser utilizado transversalmente à base da via, para verificar o nivelamento lateral.
A fixação da base é um bom momento para introduzir pequenas inclinações laterais nas curvas.
Um calço entre o apoio vertical e a base é muito mais seguro do que uma intervenção posterior, na cortiça ou nos dormentes.
No caso dos pátios — cuja base de madeira apresenta maior largura — é conveniente utilizar uma segunda travessa, no topo dos apoios verticais, para prevenir empenamento do compensado (Fig. 37) e evitar uma infinidade de apoios intermediários.
Uma idéia muito prática é iniciar o assentamento das bases de madeira, cortiça, vias etc. pelos níveis inferiores, deixando os níveis superiores para o final.
À medida em que fixar as bases superiores, ficará cada vez mais difícil trabalhar nos níveis inferiores (fixar cortiça, talas, trilhos).
Caso o acesso seja apenas pela frente (não era o caso da EFPA), passe das linhas inferiores de trás para as superiores de trás, deixando para o final tudo o que puder da parte da frente da maquete.
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