Flávio R. Cavalcanti – Centro-Oeste nº 9 (ago-1985)Tendo abandonado a idéia de uma estrutura de "quadros regulares" em ripas de 22 x 44 mm, encaixes em meia-madeira e grande número de pés (Fig. 9), optamos pela estrutura aberta, que os americanos chamam de "L-Girder", ou longarina em "L" (Fig. 12). Trata-se de uma estrutura simples e até muito bem comportada, que permite variações de todo tipo. Basicamente, trata-se de montar dois cavaletes na forma de dois "TT" travados em "X". Prendem-se a eles duas longarinas (provisoriamente, com "grampos" ou "sargentos"), nivela-se a estrutura, aparafusam-se as longarinas e, finalmente, as mãos-francesas (Fig. 13). Em seguida, as travessas são distribuídas conforme as conveniências (Fig. 11). Com este tipo de estrutura, variando a bitola da madeira, pode-se construir maquetes de dimensões consideráveis, inclusive promovendo alterações e ampliações após a montagem inicial. O sistema é tão prático, que os americanos o adotam até para maquetes planas... com quadros regulares. Numa maquete com 6,6 metros de comprimento, por exemplo, com apenas dois cavaletes, pode-se ter um ótimo acesso por baixo da estrutura, para qualquer trabalho, e ao mesmo tempo ter firmeza suficiente para subir em cima da estrutura sem perigo. Esta solidez não exige uma multidão de pés, nem exige pés muito largos. A firmeza da estrutura provém da largura da longarina, do seu flange em "L", do travamento dos cavaletes em "X" e das mãos-francesas, que devem partir das pernas o mais próximo possível do chão e em ângulo de 45°, que fornece a máxima sustentação. Para as pernas do cavalete bastará usar peças de pinho aparelhado de 50 x 50 mm, enquanto as travas e a mão-francesa terão 25 x 50 mm. Travada desta forma, cada perna poderá sustentar um peso considerável. A fixação do flange às longarinas exige um pouco de trabalho adicional, no início, mas facilitará bastante a vida do modelista, daí por diante. Quem já utilizou a longarina em "L" dificilmente optará pela tábua simples outra vez. Fig. 14 – Utilização
de grampos ou sargentos Fixe o flange sobre a tábua da longarina com grampos ou sargentos e aparafuse a cada 30 cm. Marque os lados correspondentes do flange e da tábua, solte o flange, passe cola branca na junção, raspe o excesso com uma tabuinha, e torne a aparafusar uma peça à outra, apertando até que o excesso de cola saia pelos lados (Fig. 14). Se precisar fazer uma longarina maior do que as tábuas disponíveis, encoste duas tábuas pelas pontas e faça a união "ensanduichando-as" entre duas tábuas do mesmo tipo e formato, cuja extensão seja pelo menos 4 vezes maior do que a largura das tábuas a serem emendadas (Fig. 15). Se a ripa do flange for menor do que a longarina, acrescente outra ripa na seqüência, sem qualquer emenda especial. Mas evite emendar a tábua e o flange em locais próximos um do outro. Compreendidos os princípios básicos da estrutura aberta, resta escolher a bitola das longarinas e das travessas, de acordo com a tabela, válida para peças de pinho aparelhado.
Para maquetes com grandes extensões, um terceiro cavalete fará aumentar o comprimento em 3/5 (+60%), acrescentando mais um vão central (C). Cada saliência (S) equivale a 1/5 da extensão total da longarina. Para larguras maiores, como na EFPA, é suficiente acrescentar uma terceira longarina central, com uma terceira perna no centro de cada cavalete. Fig. 16 – Tanto no comprimento quanto Para montar o cavalete, comece fixando as duas pernas à travessa, com apenas 1 parafuso em cada uma, para não tirar o movimento angular do conjunto (Fig. 17). Em seguida, fixe a primeira trava à ponta inferior de uma perna e observe que, até aí, o conjunto ainda não perdeu o movimento angular. Coloque as pernas em ângulo reto com a travessa, antes de fixar a trava à parte superior da outra perna. Em seguida, coloque o segundo parafuso nas duas fixações de uma das pernas, sem tirá-la do esquadro em relação à travessa. Para isso, utilize todos os grampos e sargentos que tiver direito. Fixado o primeiro triângulo, vire o conjunto, calce a perna livre para que não flutue nem saia do prumo, coloque-a no esquadro com a travessa e fixe a segunda trava, com 2 parafusos em cada ponta. Desvire e fixe os 2 parafusos que ficaram faltando na etapa anterior. Se o corte das pernas foi feito corretamente, no esquadro, o cavalete deverá ficar de pé sozinho, sem grandes dificuldades, sobre um piso plano. Senão, verifique a origem do probema antes de seguir adiante com os demais cavaletes. Feitos os cavaletes e as longarinas em "L", a montagem é simples, bastando prender as partes com quatro grampos, aprumar os cavaletes e nivelar as longarinas, verificando se as medidas do vão central (C) e das saliências (S) estão corretas — e aparafusar. Para nivelar estruturas médias e grandes, use uma mangueira de nível. Peça ajuda de alguém, pois montar a estrutura sozinho pode ser trabalhoso. «» ª Estrada de Ferro Paranaíba-Aragarças
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