|
|
EFCB
Subúrbios do Rio de Janeiro
|
|
Uma cabine de sinalização eletromecânica dos subúrbios da antiga Central do Brasil é a nova sede da Regional da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) no Rio de Janeiro — a Cabine nº 3, de Engenho Novo.
Ali, a ABPF-RJ pretende realizar as reuniões regulares, a partir de agora, bem como sessões de vídeo e slides.
Como o prédio dispõe de espaço relativamente amplo, já há ideias mais avançadas, de no futuro organizar ali um mini-museu, voltado basicamente para a sinalização ferroviária e comunicações, além da biblioteca e arquivo da ABPF-RJ, abrindo a Cabine à visitação.
Eis os dados históricos resumidos pelos companheiros do Rio de Janeiro:
Quando a antiga EFCB iniciou a eletrificação dos trens de subúrbio do Rio de Janeiro, foram construídas 13 cabines entre as estações de D. Pedro II, Nova Iguaçu e Bangu, sendo 9 cabines eletromecânicas e 4 elétricas.
Com a desativação da maioria, atualmente só existem 3 cabines em operação: a nº 1 (D. Pedro II), a nº 5 (Cascadura) e a nº 6 (Deodoro), todas elétricas.
As últimas a serem desativadas foram a nº 3 (Engenho Novo, eletromecânica) e a nº 4 (Engenho de Dentro, elétrica), no final de 1988, devido à instalação de um sistema mais moderno de sinalização, de fabricação japonesa, que no futuro será operado a partir do Controle Central de Operações (CCO), já em instalação próximo à estação D. Pedro II.
|
Essas cabines têm equipamentos elétricos fabricados pela General Railway Signal Co. (GRS), da Inglaterra, por volta de 1935 a 1937. A parte mecânica é bem mais antiga, da década de 1910, e naturalmente foi transferida de cabines mais antigas da Central do Brasil, anteriores à eletrificação dos trens de subúrbio.
Embora a EFCB tenha tido muitas outras, inclusive em São Paulo (de fabricação Wabco, na Zona Leste), somente estas estão hoje intactas. A maioria foi desmontada, demolida, transformada em moradia, escritório etc.
A partir de Janeiro de 1989, a Cabine nº 3 foi oficialmente cedida pela Cia. Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) à ABPF-RJ, para ser utilizada como sede, tendo a ABPF-RJ a incumbência de fazer a manutenção do prédio e do equipamento.
A sala de controle, com painel elétrico e as alavancas, fica situado no terceiro andar. Os mecanismos de intertravamento (interlocking) mecânico ficam localizados no segundo andar, bem embaixo do conjunto de alavancas, possuindo também os dispositivos de contatos elétricos que, por sua vez, se conectam com o painel e com os relés, estes localizados no primeiro andar (térreo).
A Cabine nº 3 comandava um total de 7 travessões e 4 AMVs, dos quais um já havia sido demolido há anos, em São Francisco Xavier — desvio da Anglo, onde eram desviados os vagões ID da Central, modelo ref. 2016 Frateschi, — sendo parte através de tirantes mecânicos e parte através de máquinas de chave elétricas.
Todos os sinais, tanto os altos quanto os anões, eram luminosos, também da GRS.
|
|
Ferrovias | Mapas | Estações | Locomotivas | Diesel | Vapor | Elétricas | Carros | Vagões | Trilhos Urbanos | Turismo | Ferreomodelismo | Maquetes ferroviárias | História do hobby | Iniciantes | Ferreosfera | Livros | Documentação | Links | Atualizações | Byteria | Mboabas | Brasília | Home |