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Ferrovia Norte-Sul
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Já está em Anápolis (GO) a primeira das 18 locomotivas SD70ACe que irão praticamente duplicar a frota da VL! em operação na Ferrovia Norte Sul.
A notícia foi dada por Paulo Nunes Gonçalves, de Anápolis, para o jornal O Popular, em 12 Fev. 2015.
Outras 3 locomotivas estavam a caminho de Anápolis, pela rodovia BR-040, provenientes da fábrica Progress Rail, em Sete Lagoas (MG), onde mais 2 lotes de 4 máquinas, cada um, estavam sendo preparados para o transporte, e as restantes em fase de montagem.
Embora a fábrica disponha de pátio em bitola mista (1,00 m / 1,60 m) e haja ligação ferroviária em bitola métrica (1,00 m) entre Sete Lagoas (MG) e Anápolis (GO), em grande parte operada pela própria VL!, o transporte de locomotivas para a Ferrovia Norte Sul continua sendo feito sobre carretas, pela rodovia BR-040, com uma duração mínima de 5 dias.
Naquele momento, uma das 3 locomotivas em trânsito estava parada no município de Três Marias (MG), onde o asfalto havia cedido sob o peso da carreta. A pista já estava sendo recuperada, mas a carreta permanecia retida, aguardando autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) para seguir viagem. As outras 2 carretas ainda estavam perto de Sete Lagoas. A previsão da Valec era de chegada do primeiro lote de 4 locomotivas em Anápolis até 20 Fev. 2015.
Para o desembarque, no dia 11 Fev. foi feita uma rampa para o acesso da carreta aos trilhos. No dia 12, ela seria posicionada sobre os trilhos, para que os pórticos levantassem a locomotiva. Retirada a carreta, os pórticos desceriam a locomotiva sobre os trilhos.
A Valec previa a partida das primeiras 4 locomotivas para o dia 23 Fev. 2015, com destino a Imperatriz (MA), onde receberiam equipamentos de bordo para começar a operação [Locomotivas começam a chegar. Paulo Nunes Gonçalves, O Popular, 12/02/2015].
Até então, a VL! operava no Tramo Norte da FNS com 12 locomotivas C36-7 provenientes da Estrada de Ferro Carajás; e 7 locomotivas SD70ACe que entraram em operação em 2014.
As informações extraídas dos representantes da Valec e do Porto Seco, pelo correspondente dO Popular, são ambíguas quanto ao trecho onde essas 18 locomotivas irão operar, até porque a Valec e o Porto Seco não podem falar pela VL!.
Indica-se que estas locomotivas teriam autonomia de combustível para circular no Tramo Sul da FNS (PalmasAnápolis, ida e volta), com carga leve, mas, quando começarem a transportar cargas pesadas, haverá necessidade de reabastecimento em Anápolis, o que será feito, de início, por caminhão tanque.
Isso, porque caberá a cada operadora a FNS terá várias instalar a estrutura de inspeção, manutenção e abastecimento de suas locomotivas e vagões, enquanto à Valec caberá a manutenção da ferrovia (tarefa terceirizada à empresa Torque Sul Comércio e Manutenção).
Para atuar no novo sistema, em que múltiplas operadoras poderão comprar capacidade de carga da Ferrovia Norte Sul, até o momento, 3 empresas entraram na ANTT com pedidos de habilitação como Operadora Ferroviária Independente (OFI): a próptia VL!; a Brado Logística, de Santos (SP); e a Tora Transportes, de Contagem (MG).
Fica registrado, sem ambiguidade alguma, que é o Porto Seco quem só prevê o início das operações com a FNS para daqui a 6 ou 9 meses, porém não se afirma que a ferrovia dependa disso para começar a operar com outras cargas, que não dependam dessa conexão privada, dentro de Anápolis.
Vale lembrar que, 2 dias antes da inauguração do Tramo Sul, em Maio de 2014, partia de Gurupi o primeiro trem de minério de ferro.
A operação do Porto Seco com a FNS é expressamente associada à rota de Manaus (AM), enviando insumos (não especificados) de Anápolis e recebendo produtos fabricados na Zona Franca, o que pressupõe investimentos privados, tanto em instalações no Porto Seco, quanto em ponto(s) de trasbordo entre a hidrovia Amazonas-Tocantins, passando pelas eclusas de Tucuruí, e a ferrovia, no Tramo Norte.
A colocação das locomotivas em operação em Imperatriz (MA) indica um acréscimo na estrutura de funcionamento da VL! no Tramo Norte, uma vez que suas primeiras locomotivas SD70ACe, transportadas por carretas até Palmas (TO), tiveram de seguir pela EF Carajás até São Luís (MA), para serem testadas e colocadas em funcionamento nas oficinas da Vale no porto de Itaqui.
Registra-se, também, que a VL! já adquiriu o direito de passagem na EF Carajás, sendo de poucas horas o tempo de espera para inserção de seus trens no fluxo para o porto de Itaqui.
Enfim, fica registrado que o Centro de Controle Operacional (CCO) da Ferrovia Norte Sul será instalado em Palmas (TO) [Locomotivas começam a chegar. Paulo Nunes Gonçalves, O Popular, 12/02/2015].
Bem mais equívoca, apesar da aparência sólida, é a matéria distribuída pela Agência Estado 2 dias antes, e amplamente reproduzida pela imprensa de todo o país, inclusive O Popular [Trecho goiano da Norte-Sul vai entrar em operação. (Agência Estado), O Popular, 10/02/2015].
A matéria começa por ressuscitar o nariz de cera prática do jornalismo arcaico, de obrigar o leitor a ler um preâmbulo, antes de finalmente encontrar a informação factual prometida no título.
Afirma, nesse preâmbulo, que demorou e custou caro, foram mais de quatro anos de atraso e pelo menos R$ 430 milhões gastos para corrigir erros de projetos, para, em seguida, fazer uma afirmação errônea: Finalmente a Ferrovia Norte-Sul conseguirá colocar em operação mais um trecho de seus trilhos. Incorreto, pois o Tramo Sul da FNS vem operando há, pelo menos, 8 meses, desde 20 Mai. 2014, quando partiu seu primeiro trem de minério de ferro.
É só depois de distrair o leitor com questões que dariam um livro, por que não dizer 3 décadas, ou 6 presidentes?, que a Agência Estado fornece a informação factual, no segundo parágrafo:
Nos próximos dias, ( ), os 855 quilômetros da ferrovia entre as cidades de Anápolis (GO) e Palmas (TO) vão suportar seu primeiro transporte de carga comercial. Em contrato com a estatal Valec, dona da Norte-Sul, a empresa de logística VLI usará o novo trecho para transportar 18 locomotivas novas adquiridas pela empresa de logística.
Informação, por sua vez, também incorreta, já que o transporte de minério de ferro é, sim, comercial. O primeiro trem, em 20 Mai. 2014, partiu em regime de operação assistida. Semanas depois, em 25 Jul. 2014, a ANTT autorizou o funcionamento do trecho de Gurupi (TO) a Palmas (TO).
O que pode ser o primeiro, talvez seja o contrato, pelo novo sistema de compra de capacidade de transporte, pelo qual cada operadora independente adquire o direito de usar a ferrovia para a passagem de determinado número de trens, ao longo de um determinado período de tempo.
Esse novo sistema ainda não existia, quando foi dada autorização provisória para o transporte de minérios. Só em 11 Jun. 2014 a ANTT publicou a Resolução 4.348, que trata do Operador Ferroviário Independente (OFI) para exploração do serviço de transporte ferroviário de cargas não associado à exploração da infraestrutura ferroviária, ou seja, sem que a ferrovia seja concedida a um único operador. E só em 28 Ago. 2014 a Valec disponibilizou para consulta o Regulamento de Operação Ferroviária (ROF), que orientará a operação no Tramo Sul da Ferrovia Norte-Sul (FNS), entre Porto Nacional (TO) e Anápolis (GO).
Só no terceiro parágrafo vêm os detalhes desse transporte de locomotivas, origem, destino etc., seguido da afirmação de que as informações foram confirmadas pela diretoria da Valec e pela VLI [Trecho goiano da Norte-Sul vai entrar em operação. (Agência Estado), O Popular, 10/02/2015]. Nem todas! E, com certeza, não as deduções, conclusões, incorreções etc., da lavra da Agência Estado.
Fica omitido um outro atraso, o da Progress Rail, uma vez que as locomotivas eram aguardadas em Anápolis para Dezembro de 2014 [Esclarecimento sobre operação na Ferrovia Norte-Sul. Valec, 28/11/2014].
Como à Valec e à VLI é atribuída apenas a confirmação, pode-se imaginar que a fonte tenha sido a Progress Rail, que sempre terá interesse em divulgar a entrega de novas locomotivas.
Nesse leva-e-traz entre 3 fontes, surge a especulação de que a VL! poderia atuar no Tramo Sul (Anápolis-Palmas), por meio de uma parceria com a Granol, empresa que acabou de concluir a instalação de uma tulha em Anápolis, especulação desconfirmada (embora não negada) pela VL! no mesmo parágrafo, com a afirmação burocrática de que ainda não possui nenhum contrato específico para transporte de grãos no Tramo Sul.
Em tom bastante formal, por meio de nota, a VL! afirma que já manifestou seu interesse em se habilitar como operador independente no novo trecho da ferrovia e que «vem mantendo tratativas com a Valec para compra de capacidade futura que venha viabilizar o transporte de outras cargas no Tramo Sul (Anápolis - Palmas), seguindo o modelo estabelecido pelo novo marco regulatório do setor».
Enfim, a Agência Estado rememora seu feito de ter revelado, no mês anterior, que duas empresas especializadas em transporte de carga Brado Logística, de Santos (SP), e Tora Transportes, de Contagem (MG) entregaram pedidos de habilitação à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para operar na ferrovia. Na verdade, o que podem ter entregado à ANTT são pedidos de habilitação para atuarem como Operadores Ferroviários Independentes (OFIs), pré-requisito para, em seguida, poderem contratar, com a Valec, capacidade de carga na Ferrovia Norte-Sul.
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