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Ferrovia Norte-Sul
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A Ferrovia Norte-Sul foi lançada de surpresa, em 1987, pelo então presidente José Sarney e seu segundo ministro dos Transportes, José Reynaldo, sem projeto, sem estudos prévios, sem inclusão no orçamento nem no plano de investimentos, e sem debate ou aprovação do Congresso Nacional para incluí-la no Plano Nacional de Viação (PNV), num momento em que faltavam recursos para inúmeras obras já iniciadas, inclusive a Ferrovia do Aço, também lançada mais de uma década antes, e com o mesmo tipo de previsão: construção em 1.000 dias, ou menos de 3 anos.
Aproveitou-se, na verdade, certo vácuo institucional, pelo desgaste moral da Constituição herdada da ditadura, enquanto não começavam os trabalhos da Constituinte. Em terra de farinha pouca, meu pirão primeiro, Sarney viu a oportunidade de lançar um projeto para o Norte / Nordeste, antes que as forças políticas do chamado Centro-Sul se reorganizassem e voltassem a impor suas prioridades.
O Centro-Oeste entrou de contrapeso, pelo menos, a curto prazo, já que ferrovias são, tradicionalmente, obras demoradas, de 7 a 10 anos; muitas vezes, 10 a 14 anos. Isso, quando têm projeto bem estudado, pronto e detalhado, ao serem iniciadas.
Pelo ritmo da obra, apesar de ser prioridade política do presidente, logo foi ficando claro que o objetivo tático era concluir um trecho inicial de Açailândia (na EF Carajás), rumo ao sul do Maranhão, dentro de seu mandato (ampliado em +1 ano).
De fato, deixou prontos 95 km dentro do Maranhão, de Açailândia até Imperatriz.
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Cerca de 15 anos mais tarde, já em final do segundo mandato, o governo FHC inaugurou um trecho de mais 120 km, incluindo a ponte sobre o rio Tocantins.
No primeiro governo Lula, quando a prioridade era reorganizar as finanças, e pouco podia ser feito com os parcos recursos que sobravam do aperto das contas, realizou-se um estudo aprofundado das necessidades de logística para as décadas vindouras, que resultou no PNLT - Plano Nacional de Logística de Transportes (2007), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, em cooperação com o Ministério da Defesa, por meio do Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran) [Portaria Interministerial nº 407, de 28/03/2005, (DOU de 30/03/05), dos Ministros de Estado da Defesa e dos Transportes, criando o Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (CENTRAN), com sede no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, RJ]. Colaboraram, além das áreas de governo (Planejamento, Agricultura, Meio Ambiente, Fazenda etc.), as confederações e federações do Comércio, Indústria, Agricultura, Transportes, associações como ANTF, ANTT, instituições de ensino e pesquisa como PUC-RJ, UFRJ, USP etc.
Desse estudo, eminentemente técnico, surgiu um novo desenho do país, bem mais regionalizado, incluindo novos troncos ferroviários.
Nesse contexto, a Ferrovia Norte-Sul adquiriu outro sentido, agora, como eixo estruturante de um novo sistema ferroviário, em bitola larga, abrangendo todo o território nacional.
Um passo fundamental para a retomada das obras da Ferrovia Norte-Sul foi a concessão à Vale, por 30 anos, do trecho de 720 quilômetros de Açailândia (MA) a Palmas (TO), — o chamado Tramo Norte, em grande parte, ainda por construir, mediante pagamento imediato de R$ 740 milhões, de um total de R$ 1,478 bilhão, a serem reinvestidos pela Valec na construção da própria FNS.
Naquele momento, a FNS tinha apenas 215 km construídos, de Açailândia ao Estreito (MA) / Aguiarnópolis (TO).
A Vale arrematou o trecho em leilão, em Out. 2007; o contrato e o pagamento foram feitos nos meses seguintes; e em 7 Dez. 2008 o presidente Lula inaugurava a extensão da FNS até Colinas (TO), totalizando 452 km desde o ponto inicial em Açailândia (MA).
Em Set. 2010, o presidente Lula inaugurou o trecho até Palmas / Porto Nacional (TO).
De acordo com a Presidência da República, até aquele momento:
De 1987 a 1989, foram construídos 95 km de estrada, ligando as cidades de Açailândia e Imperatriz, no Maranhão.
De 1995 a 2002, foram construídos 120 km, ligando Imperatriz a Aguiarnópolis (TO).
A partir de 2003, foram construídos 504 km, de Aguiarnópolis a Palmas / Porto Nacional, no Tocantins.
Para a operação ferroviária do Tramo Norte ao longo de 30 anos, a Vale criou a empresa Ferrovia Norte Sul S/A (não confundir com a FNS ferrovia).
Na prática, a operação ferroviária está sendo feita pela VL!, que em 21 Mai. 2014 anunciou a entrada em operação de 7 novas locomotivas SD70ACe construídas em Sete Lagoas (MG), transportadas sobre carretas por 1,4 mil km de rodovia, ao longo de 2 meses, até Porto Nacional (TO), e dali levadas pelos trilhos até São Luís (MA), para os testes na oficina de locomotivas.
As novas locomotivas SD70ACe somam-se às 12 locomotivas C36-7 (ex-EF Carajás) que já rodavam nos trilhos da FNS, elevando a frota para 19 máquinas.
Ao longo de 2013, a VL! / FNS adquiriu 306 vagões, sendo 208 vagões hopper para o transporte de grãos e 98 vagões-tanque para combustíveis.
Como já havia recebido 179 vagões hopper e 30 vagões-tanque em 2012, em 2 anos a frota passou de 362 vagões, em 2011, para 877 vagões atualmente.
Enquanto se implantavam os Terminais Multimodais do Tramo Norte, licitando lotes, nos pátios ferroviários, para empresas, com o compromisso de construir terminais de recepção e trasbordo de diferentes tipos de cargas, as obras prosseguiram no Tramo Sul, de Palmas (TO) até Anápolis (GO).
Desde Fev. 2014, o Tramo Sul começou a ser utilizado por trens de serviço, para o transporte de dormentes de concreto, a partir das fábricas instaladas ao norte. A viagem de teste se realizou sem problemas.
O pátio ferroviário de Gurupi, localizado no km 939, já estava programado para tornar-se operacional em Mar. 2014. A concessão de uso dos lotes começou a ser licitada em Fev. 2014.
Em 20 Mai. 2014, inaugurou-se o Terminal Multimodal de Gurupi (TO) já no Tramo Sul, com a partida de um pequeno trem, levando mais de 1 mil toneladas de minério de ferro para Palmas / Porto Nacional (TO), de onde seguirá para o norte.
O Tramo Sul já estava para ser inaugurado no dia 22 Mai. 2014, em Anápolis, marcando a conclusão do assentamento dos trilhos em todo o percurso originalmente lançado em 1987.
Com a inauguração da ferrovia, em 22 Mai. 2014, fica faltando concluir a implantação do Terminal Multimodal de Anápolis (GO), previsto para Jun. 2014, e outros, daqui por diante, no percurso intermediário, desde Palmas / Porto Nacional, além do desenvolvimento dos pátios implantados nos últimos anos, alguns ainda com lotes disponíveis.
O Tramo Sul entra em operação assistida, período inicial de teste, consolidação dos aterros etc., preparatório para o início da operação comercial.
Será testado o sistema de concessão chamado open access, pelo qual, diferentes empresas poderão contratar capacidade de transporte pela ferrovia, conforme o número de pares de trens (ida e volta), por determinado período de tempo.
O edital de oferta de capacidade de transporte foi publicado pela Valec na primeira metade de Maio de 2014.
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