Estação ferroviária de Belo Horizonte
Estação de Belo Horizonte em 1898

Arquivo Público Mineiro

Acima - A foto da chegada do governador (ou, “presidente estadual”) Francisco Silviano de Almeida Brandão, feita por João Salles, fixou a imagem da estação ferroviária de Belo Horizonte no ano de 1898.

Uma pesquisa em história política facilmente estabelecerá até o dia e a hora.

O prédio principal apresenta um núcleo de dois andares (sobrado), com três janelas de cada lado da torre de entrada.

As alas térreas apresentam mais três janelas / portas de cada lado — e é contornado por uma marquise que se estende para além de suas laterais.

Observe a inexistência de qualquer cobertura elevada (gare) sobre as plataformas, os trilhos e os trens.

Ao fundo, o barranco onde mais tarde seria construída a estação da EFOM — observando-se, já, um terraceamento intermediário, um pouco deslocado para a esquerda.

A multidão e as charretes concentram-se para cá do riberão Arrudas, ocultando a ponte por onde avança parte do público.

Uma caixa d'água para abastecimento das locomotivas a vapor situa-se quase no limite esquerdo da fotografia.

Após 1898

Abaixo - A primeira foto abaixo, de uma publicação oficial comemorativa dos 75 anos de Belo Horizonte, apresenta ainda o primeiro prédio da estação ferroviária Central.

Vêem-se, com mais clareza, os detalhes da torre da entrada, do núcleo em dois andares e das duas alas térreas, e a marquise que as contorna pelas laterais.

Embora não esteja datada, a presença de algumas construções acima do barranco (além dos trilhos) indica que é, pelo menos, alguns anos posterior a 1898.

A segunda foto, de 1910, com maior relevo de luz e sombra, dá uma visão melhor dos detalhes.

Embaixo - A terceira foto, também sem data, oferece uma visão tridimensional, vista mais de cima e de lado, desde o alto do barranco.

Nota-se que já existe alguma urbanização da praça diante da estação ferroviária Central e vários sobrados ao fundo, inclusive alguns de maiores proporções.

Diante da plataforma dos trens, do lado de cá, delineia-se uma esplanada desmatada, com uma faixa central sugerindo algum desnível, porém ainda sem um pátio ferroviário com ramais para manobra de vagões.

Mais à esquerda, seguindo os trilhos, um armazém mais baixo, com plataforma para carga e descarga de vagões — no local aproximado onde hoje se faz o embarque de passageiros do trem Vitória - Belo Horizonte, da EFVM.

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