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Estrada de Ferro Campos do Jordão
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Na revista alemã Eisenbahnmagazin de Fev. 1991, Jürgen Gottwald apresentou um lançamento HO do fabricante Spieth — especializado em bondes —, que interessa ao ferreomodelista brasileiro.
Trata-se de uma pequena locomotiva elétrica de 2 eixos, com a cabine no centro (bi-frontal), e apenas um pantógrafo.
O protótipo foi fabricado pela Siemens, dos anos 20 até meados dos anos 40. Nos anos 20, a estatal alemã Deutsche Reichsbahngesellschaft (DRG) adquiriu 5 unidades desta locomotiva para sua linha München — Freilassing — Berchtesgarden (bitola 1,435 m) e as classificou como E69.
Depois da II Guerra Mundial (1939-1945), elas foram integradas à estatal alemã-ocidental Deutsche Bundesbahn (DB), onde são classificadas, hoje, como "Série 169". Modelos desta versão básica são fabricados pela Fleischmann (ref. 4300 e 4303).
Em 1930, apareceu uma versão simplificada da E69, própria para ferrovias secundárias e/ou privadas, com bitola de 1,435 m.
Depois da II Grande Guerra, parte destas locomotivas passou para a DB; e o resto passou para a estatal alemã-oriental Deutsche Reichsbahn (DR). Desta versão simplificada, a Piko faz os modelos da DR (ref. 5/6200/000); e da DB (ref. 5/6210/000).
A Siemens também produziu versões para companhias de bondes e/ou para bitola métrica.
Em 1946, a companhia de bondes de Stuttgart adquiriu 12 locomotivas para a construção e manutenção de suas linhas. Metade destas locomotivas foram revendidas para outras cidades, entre 1950 e 1952.
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É esta última versão que a Spieth produz em escala HO.
O modelo é vendido em kit para montar, e custa DM 208 (US$ 150). As partes são de latão e de metal branco. O motor, engrenagens, rodeiros e ligações elétricas já vêm prontos, tudo montado no chassi. Os detalhes são em latão.
As instruções de montagem são extremamente concisas, contendo até fotos do modelo e do protótipo. O grau de dificuldade da montagem é, mais ou menos, o mesmo do vagão siderúrgico lançado no Brasil pela MR Custom Service (CO-66).
Devido ao encaixe de adaptação — hoje obrigatório na Europa —, o modelo pode ser equipado com o engate que o modelista preferir.
Recomenda-se engates Bemo (compatíveis com os da Frateschi); ou Kadee-NEM (Normas Européias de Modelismo Ferroviário).
O que torna o modelo interessante, para nós, é o fato de que houve um protótipo no Brasil.
Em 1924, a Cia. Guarujá adquiriu esta locomotiva para o serviço de cargas (Foto na página anterior, embaixo. Ver, também, foto no CO-19/4).
Sua ficha técnica:
Mais tarde, a Cia. Guarujá tornou-se Serviços Públicos do Guarujá; posteriormente, Estância Balneária do Guarujá; e em algum momento também foi batizado Tramway Guarujá.
Em 1956, a ferrovia foi fechada, e a locomotiva transferida para a EF Campos do Jordão (EFCJ), foi numerada como T-1 (o "T" significa tração).
Seu fim foi humilhante, para uma locomotiva: — Instalada como aparelho fixo, hoje ela traciona o teleférico para o Morro do Elefante, em Campos do Jordão, SP.
Para transformar o modelo alemão em EFCJ, as seguintes modificações são necessárias:
Estas modificações são um pouco difíceis e, por isso, exigem certa habilidade do modelista.
Por falar da presença da T-1 em Guarujá, não disponho de nenhuma informação sobre suas características nesta ferrovia.
Para quem gosta de maior realismo, a Spieth já prometeu o lançamento do modelo em HOm — representação HO da bitola métrica, resultando em 12 mm entre as faces internas dos trilhos.
Não se deve esquecer que a bitola da EFCJ é métrica, como também era a bitola em Guarujá.
Para qualquer consulta, o endereço da Spieth é:
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