Eduardo Coelho
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No final da década de 1920, a Estrada de Ferro Central do Brasil realizou uma de suas maiores modernizações, incluindo a compra de diversas locomotivas para bitola larga e estreita, guindastes, e também um novo conjunto de carros de aço-carbono para o novo trem de luxo entre o Rio e São Paulo.
Encomendados à American Car and Foundry (ACF) em 1928, os carros entraram em operação em 1929, como o luxuoso expresso Cruzeiro do Sul.
O lote era composto de 15 carros, sendo 12 dormitórios de 9 cabines, e 3 bagagem-restaurante, para formar 3 composições de 5 carros (4 + 1).
Todos eram pintados em azul escuro com frisos dourados ou prateados (dúvida), recebendo originalmente, na Central, os números DM-201 a 212 (dormitórios) e F-101 a 103 (bagagem-restaurante). Todos eram equipados com truques de 3 eixos, similares aos dos carros da Cia. Paulista da ACF.
Com a entrada em operação dos carros de aço inox da Budd, em 1950, os carros do Cruzeiro do Sul passaram a fazer os expressos noturnos secundários NP-1 e NP-2, entre o Rio e SP.
Em 1954, seus horários eram: — NP-1, partida do Rio às 20h40 e chegada a São Paulo às 7h50; NP-2, partida de São Paulo às 20h45 e chegada no Rio de Janeiro às 7h55.
Também na década de 1950, todos os carros foram equipados com truques de 2 eixos com mancais de rolamento, fabricados — curiosamente — pela Baldwin-Lima-Hamilton. Nesta época, provavelmente, os carros bagagem-restaurante foram convertidos para apenas restaurante.
Com o final desses expressos na década de 1960, os carros foram sendo utilizados por turmas de via permanente, socorro e eletrotécnica, até serem progressivamente encostados na década de 1970.
A situação atual dos carros é ambígua pois, embora a maioria deles ainda exista, seu estado é muito precário, necessitando de reconstrução pesada em praticamente todos eles.
A última contagem, em 88/Nov, nas oficinas do Horto Florestal (Belo Horizonte), mostrou haver lá 7 carros dormitório e 1 restaurante. Um dormitório está sendo lentamente reformado dentro das oficinas, possivelmente para uso por turmas de socorro, somando-se a outro assim reformado e visto recentemente em Conselheiro Lafaiete, MG.
Possivelmente, existe mais 1 carro não-identificado, desviado numa pequena estação do Paraopeba, próximo a Moeda, MG, o que dá um total possível de 8 a 10 carros, dos 15 originais.
Para referência, recomendo a "bíblia" The Car Builder Cyclopaedia — 1938, existente na biblioteca da RFFSA no Rio, e que mostra fotos dos dois tipos de carro, inclusive interiores.
Praticamente todos os livros da série, de 1930 a 1940, devem conter estas fotos na seção de carros de exportação.
Outras referências são as folhas de plantas da Central do Brasil e RFFSA; e o artigo Os Carros do Cruzeiro do Sul, Revista Ferroviária, Maio-1988.
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