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Debret, 1824* Corcovado Estrada de Ferro
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Debret no alto do Corcovado: 1824*
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O detalhe ampliado da aquarela nº 3 (acima) documenta o centro do Rio de Janeiro em 1824, entre o morro de São Bento (ao centro) e o morro do Castelo (mais à direita).
Diante da cidade, vê-se a ilha das Cobras.
Na parte de trás da cidade, o grande retângulo do campo da Aclamação também registrado em mapas e livros como campo de Sant'Ana, e outras vezes campo da Honra, atual praça da República.
Por trás do campo de Santana e da cidade nova, no limite à esquerda, o morro da Providência (mais alto), que se alinha com o morro da Conceição (fortaleza e casa do bispo), o morro de São Bento (igreja e convento) e a ilha das Cobras, separando o núcleo urbano da extensa área portuária (trapiches e armazéns, na época), assinalada pela maior concentração de embarcações logo atrás.
Este detalhe (acima) é apenas uma pequena parte, na extremidade esquerda da aquarela nº 3 (abaixo), onde se vê a igreja da Glória na parte central.
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(nº 3), ponto em que se abaixa para unir-se ao arsenal da Marinha. Voltando pelo caminho novo distingue-se entre a fila de lampiões e o sopé das montanhas, um trecho grande de terreno ainda deserto e pantanoso no qual entretanto, mediante aterros, abriram-se várias ruas com alinhamentos partindo do caminho novo para a parte alta e pitoresca da cidade nova, cuja extremidade já invadia os flancos e cume dessa pequena cadeia de montanhas ligada pela sua parte baixa, por um correr de casas, à massa da cidade nova, casas essas modernas e bem construídas que constituem aqui todo o lado esquerdo do vasto campo de SantAna, no centro do qual, isolado se encontra o palacete da Aclamação. A extremidade dessa praça junto às montanhas é fechada pela igreja de SantAna e os belos quarteis modernos que formam um dos pequenos lados desse retângulo. Essa linha junta-se à da direita, repleta de lindas casas e na qual se distinguem a do Senado da Câmara do Comércio; a igreja situada no canto da rua da Alfândega e o museu de história natural, colocado na extremidade da rua do Conde, constituindo o limite do segundo lado estreito desse vasto paralelogramo. Seguindo-se a silhueta das duas montanhas da direita, vê-se na primeira a fortaleza da Conceição e a casa do Bispo ocupando todo o platô; na segunda a igreja e o convento de São Bento, ponto extremo à esquerda da cidade primitiva do lado do mar, sendo o da direita indicado pelo Arsenal do Exército, que se estende ao pé dos morros de São Sebastião e dos Sinais. Mais para diante veem-se colinas recobertas de vegetação, em cuja base se situam os bairros de Catumbi, Mata Portos e Engenho Velho. Passando-se às ilhas, a partir do Arsenal do Exército, último citado, a primeira à esquerda é a dos Ratos, à flor dágua, inabitada mas na qual se construiu depois de minha partida uma prisão militar. A segunda ilha, muito maior e bem próxima da idade é a das Cobras, célebre pela sua antiga fortaleza e primeiro ponto importante de que se apossou Duguay-Trouin. Vi, em 1830 aí construir-se um dique para construção de navios, do lado do Arsenal da Marinha, mas a praia, que dá para a cidade, desde há muito vinha sendo ocupada por alguns armazéns comerciais. Mais à esquerda, vê-se a Ilha dos Frades pertencente aos franciscanos que aí edificaram um convento. Logo acima encontra-se a Ilha da Pólvora, com os depósitos de pólvora do governo. Tomando-se à direita, a partir da ponta avançada do Arsenal do Exército segue-se a Praia de Santa Luzia cujo prolongamento se perde atrás da montanha do primeiro plano, a qual só permite ver mais adiante a esplanada e a igreja de Nossa Senhora da Glória, ao pé de cujo morro, do lado do mar, começa a Praia do Flamengo, ao passo que do lado da terra a colina fecha a entrada do lindo bairro do Catete. Em cima, vê-se o Forte de Laje. No horizonte encontram-se, a partir das faldas da Serra dos Órgãos as terras da costa Oriental do Brasil, cujos primeiros planos da baía mostram ilhas encantadoras e habitadas onde se fabrica muito carvão e cal de conchas. Vê-se, em seguida, a bela enseada de Praia Grande, em cuja ponta esquerda se acha a Armação, belo edifício onde se fabrica azeite de baleia; a ponta direita ao contrário é defendida pela fortaleza da Conceição. Mais baixo, e do mesmo lado, ergue-se um rochedo isolado coroado pela igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem e atrás do qual começa a Praia do Saco de Jurujuba, cujas duas entradas são separadas por uma massa de rochedos recobertos de vegetação e em face da qual se encontra o Forte de Laje. Entre as colinas que cortam as praias da baía deságuam pequenos rios pelos quais todas as manhãs chegam embarcações carregadas de legumes, frutas e aves, exportados pelos colonos que residem nesses outeiros férteis. Finalmente, o prolongamento dessas montanhas, cuja extremidade se aproxima das duas pequenas ilhas redondas, forma o lado direito da barra do Rio de Janeiro. Torna-se a encontrar na linha do horizonte o prolongamento da costa oriental do Brasil limitado pelo Cabo Frio (nº 4) ( ) [Debret p. 282-287].
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(*) A confirmar, se as aquarelas das pranchas 52, 53 e 54 datam, realmente, de 1824 (FRC).
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