Eliezer Magliano
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Pronto o relevo, decidi pintar o solo diretamente sobre o poliuretano, sem usar massa, aproveitando a porosidade do poliuretano para ajudar a representar a irregularidade do solo.
Em todos os cortes, no entanto, usei gesso para criar uma superfície irregular porém sem poros.
Preparei um gesso bem líquido, em pequenas porções, e fui cobrindo os cortes de cima para baixo — usando uma escova de dentes para tornar o relevo um pouco mais irregular.
Próximo aos portais do túnel usei gesso para simular pedras e fechar as frestas entre estes e o poliuretano.
Pensei em usar gesso já colorido, mas desisti pois isso me tiraria a liberdade de experimentar os matizes com a tinta.
Tudo teria de ser rápido. Seria difícil fazer 2 porções — e portanto 2 regiões próximas — com a mesma cor.
Passei então para a pintura — primeiro a do solo, com tinta verde musgo Suvinil, com manchas "cor de solo" e de verde mais escuro espalhadas, feitas antes da tinta secar.
O verde musgo escureceu bastante depois de seco. E, com a aplicação de grama densa, o solo não aparece.
As tonalidades do solo (tinta) só fazem sentido com vegetação rala.
Preparei pequenas quantidades de outras cores, com tinta Suvinil branca e verde, e corantes — pois não achei necessário comprar latas de tinta colorida de 1/4 para usar só um pouco.
Este método funcionou perfeitamente, e sem grande gasto com corantes, apesar de ser necessária uma proporção alta de corante na tinta.
Nas partes em gesso, dei uma demão de tinta branca bem diluída (com um pouco de corante amarelo para saber onde já havia pintado), para funcionar como selador, antes da cor final.
Tentei variar os tons e mesclar as cores. Pintei da "cor do solo" também as partes que seriam cobertas de "brita".
Preparei dois tons de terra: vermelho — talvez uma terra roxa — e ocre.
Apliquei só ocre em alguns lugares; e os dois tons, combinados, em outros.
Tenha todos os tons prontos (vários é melhor, inclusive branco e preto) e aplique-os ao mesmo tempo, para matizar, misturando com o pincel, onde se encontram. Não espere um secar para usar o outro. Uma pitada de branco, clareando aqui e ali, ajuda.
O solo horizontal em geral é mais claro, pelo menos na minha região.
Para preparar os tons, vá misturando corantes ao branco até ficar a gosto.
No vermelho também usei amarelo, preto e ocre; e no ocre, amarelo e preto.
Trabalhei em geral com meio copo (dos de geléia) de tinta, de cada vez.
Dentro do túnel pintei com cinza escuro. Obs.: Cuidado com o corante preto. Uma gota faz muito efeito. Agite bem os tubos de corante antes de usar.
Preparei a grama e a brita (bem como tudo mais), de acordo com o "Ferrovias para Você Construir" (vol. 2). Podem confiar no livro — ele realmente funciona.
Me perdoem os produtores, mas grama e brita feitas em casa ficam bem melhores e mais baratas. É impressionante como um pouco de material barato rende.
Pensei em usar pó de pedra natural; mas o problema é que pó de pedra não se parece com pedra.
A pintura das "pedras" — que eu hesitei em aceitar — faz uma pedra perfeita. (Vide artigos no CO-68 e CO-77).
A grama foi feita com serragem e tinta Acrilex em 3 tons: verde, amarelo e mista. Tente conseguir serragem de madeira clara.
Apliquei a grama e colei o lastro com a mesma cola branca Cascorez diluída a 50% — para a grama com trincha; e na brita com conta-gotas.
Meus agradecimentos ao inventor da cola branca, sem a qual não imagino como seria o ferreomodelismo.
Para umedecer as pedras para colar, usei uma bomba de inseticida manual, que dá uma névoa fina que não desloca as pedras. Proteja em torno com jornal.
Durante o trabalho de colocar a grama, um aspirador pequeno, do tipo para carro, ajuda a recuperar o excesso.
Uma grande vantagem da maquete portátil é que pode ser levada para qualquer local, para trabalho, fotos etc.
Quando fiz a base de cortiça da linha, cortei-a em secção de trapézio, pensando em economizar lastro e peso; mas não funcionou. A brita escorrega pelos lados (ver CO-68). Recortei toda a base para ficar com seção retangular.
Bibliografia A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016 Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015 Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015 The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015 História do transporte urbano no Brasil - 19 Mar. 2015 Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015 Batalhão Mauá: uma história de grandes feitos - 1º Dez. 2014 Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014 A Era Diesel na EF Central do Brasil - 13 Mar. 2014 Guia Geral das Estradas de Ferro - 1960 - 13 Fev. 2014 Sistema ferroviário do Brasil - 1982 - 12 Fev. 2014 |
Ferrovias Estrada de Ferro Goiás - 30 Jul. 2018 GE U23C nº 3902 RFFSA - 8 Out. 2017 Litorinas Budd RDC no Brasil - 27 Set. 2017 Fases de pintura das English Electric EFSJ / RFFSA - 2 Mai. 2017 A Velha Senhora no trem da Luz a Paranapiacaba (1985) - 22 Fev. 2017 Trens especiais Curitiba - Pinhais (1991) - 29 Nov. 2016 |
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