Centro-Oeste DC-13 — 06-Jun-1991Este é um artigo histórico (1991), e serve apenas como referência (FRC, 2013). Nada menos que 9 folhas de decais LAF encontram-se nas principais lojas do Rio e São Paulo, já há meses, sem grande alarde — e os itens de maior interesse (folhas n° 8 e 9) já estão esgotados na origem. Um verdadeiro contraste com o encalhe das antigas folhas 3 e 4 — a cores, com elevada tiragem e custos altíssimos, em 1988 — , que levou os micro-produtores ao desânimo e a um prolongado recesso. Mas não é a variedade de itens que vai marcar a volta dos LAF — é a mini-revolução que estão provocando no universo 1/87 brasileiro. A folha n° 9 (24 x 30 cm) permite ao modelista "criar" nada menos do que 40 novos vagões de carga, somente utilizando vagões Frateschi e Atma, sem grandes modificações ou pesquisa. Para cada um destes vagões, também oferece pelo menos 3 numerações diferentes, incluindo a primeira e a última da série — de repente, o modelista poderá acrescentar 120 vagões históricos, reais, à sua frota. É claro que o modelista poderá realizar pesquisas complementares, por conta própria. Se se sentir habilitado, também poderá cortar os números das numerações oferecidas prontas, e criar novas numerações, entre a primeira e a última de cada série. Aguarda-se, para qualquer momento, a publicação de uma matéria na RBF-8, orientando o modelista na aplicação dos decais e, especialmente, na "criação" destes 40 novos vagões. As folhas n° 1 a 5 têm uns 10 x 10 cm, e cada uma fornece logotipos e inscrições prontas para 4 a 6 vagões de carga da Fepasa e da RFFSA-Bauru. Até o fechamento desta edição, eram vendidas pelas lojas a Cr$ 250 por folha. Uma alternativa simples e barata, que não obriga o modelista a comprar decais em excesso, se deseja aproveitar apenas alguns. A folha n° 8 (24 x 30 cm) foi produzida a pedido das próprias lojas, atendendo assim a uma demanda dos clientes. Metade da folha são números em 5 tamanhos para numberboards — aqueles visores iluminados, das locomotivas — mas, neste caso, cabe ao modelista recortá-los para formar a numeração desejada. Na outra metade, traz logotipos e inscrições até agora indisponíveis para diversas locomotivas, ferrovias e épocas, como: Vale (para G-12), English Electric, VFRGS (branco/verde), Mogiana (última fase em branco), RFFSA (letras novas, estilo antigo). É uma folha para modelistas mais experientes.
RevoluçãoComo se vê, cada novo lançamento introduz um conceito diferente, uma prática inédita no modelismo ferroviário brasileiro. O direcionamento da folha n° 9 para os modelos Frateschi e alguns Atma — que o modelista já tem — , é um verdadeiro ovo de Colombo. A idéia de oferecer 3 numerações prontas para cada protótipo — inclusive a primeira e a última, permitindo criar outras dentro dessa faixa — é outro achado. Igualmente interessante foi o lançamento das pequenas folhas n° 1 a 5, ideais para quem deseja fazer as primeiras experiências pessoais nesta área — o iniciante não precisa adquirir grandes folhas, se deseja modificar apenas alguns modelos. Menos visível (exceto no caso da Frateschi) é a linha de atuação dos LAF em conjunto com as lojas, micro-produtores e clubes. É o caso da folha n° 8. Embora muitos modelistas possam não apreender o significado ou o interesse de uma folha direcionada para um punhado de casos tão específicos e sem relação uns com os outros, o fato é que ela atende a uma "encomenda" das próprias lojas, que sentiram a demanda no contato diário com seus clientes. A prova do acerto é que os LAF já não têm exemplares desta folha, cuja edição foi totalmente absorvida pelas lojas. Fora da área "comercial", os LAF também produziram 3 outras séries de decais, encomendadas pela Associação Mineira de Ferreomodelismo (AMF), pela Phoenix e pelo Marcelo Lordeiro (MR Custom Services). A AMF encomendou uma série de decais relativos às ferrovias mineiras de várias épocas, fornecendo a pesquisa e recebendo toda a tiragem, que pertence exclusivamente ao clube. A experiência foi tão gratificante, que os LAF já demonstraram interesse em produzir novas folhas, dentro do mesmo esquema, para outros clubes ou grupos regionais. A colaboração com a Phoenix e o Marcelo Lordeiro inaugura um capítulo novo na área dos micro-produtores de modelismo ferroviário, uma vez que esta integração de esforços permite aumentar a produtividade de todos — dos LAF, que concentram o trabalho na área onde já atuam, acumulando mais experiência; e dos micro-produtores de vagões, que evitam dispersar tempo e esforços. Bem mais visível, talvez venha a ser a colaboração LAF-Frateschi, cuja RBF-8 deve ser lançada a qualquer momento, com ampla matéria orientando o modelista na aplicação dos decais — especialmente os da folha n° 9. Esta folha é um verdadeiro ovo de Colombo também para o fabricante verde-amarelo, na medida em que permite aumentar a produção e a variedade de modelos de vagões, sem exigir uma super-variedade problemática em sua linha de montagem — os modelistas (para uso próprio) e serviços como GM Custom Painting e MR Custom Services (para venda nas lojas) se encarregarão de "criar" os novos modelos. A depender da reação dos modelistas, é possível que a Frateschi venha a relançar alguns vagões sem pintura e/ou kits para montar, encomendando aos LAF uma nova edição da folha n° 9, na quantidade adequada.
Decais LAF
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