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Locomotiva Alco FA1 da RFFSA. Infelizmente, o Robson Almir Guimarães já não lembra a data da foto

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Para uma história do ferreomodelismo no Brasil
Alco FA1 Central do Brasil

Robson Almir Guimarães
Esporte Modelismo nº 29 e 30
(provavelmente no 1º semestre de 1987)
resumo: Flavio R. Cavalcanti
Centro-Oeste nº 25 — Nov. 1988

A locomotiva Alco FA1 é forte candidata ao exorcismo* da locomotiva F7 Atma, tendo trafegado no triângulo de maior movimento de passageiros — Belo Horizonte / Rio de Janeiro / São Paulo — ao contrário da locomotiva B12, que circulou na EFVM e, depois, na RFFSA / SR6.

A produção das locomotivas FA1 teve início ao final da II Guerra Mundial, em Fev. 1944, utilizando o motor 244, sob designação DL-208-1500 HP.

Só mais tarde a Alco adotou as denominações FA (“Freight”, carga) e PA (“Passenger”, passageiros).

Foram construídas 424 locomotivas nos Estados Unidos e 28 no Canadá, entre 1945 e 1960; e, no total, foram exportadas 12 para o Brasil e 12 para Cuba.

A EFCB recebeu as 12 locomotivas em 1948 para utilizar com os carros de aço inox Budd no triângulo Belo Horizonte - Rio de Janeiro - São Paulo.

Chegaram já pintadas na cor cereja, faixa cor gelo, números 3201 a 3212 e logotipo “Central” abaixo do farol e dos dois lados, após a segunda porta, em branco com sombra verde escuro (decais LAF-3).

Em 1961, foram pintadas em azul escuro e nariz amarelo, novo padrão da Central do Brasil, com logotipo no centro das laterais.

Não temos confirmação da passagem pelo padrão anterior, azul escuro e faixa creme, com logotipo no centro das laterais.

Na RFFSA passaram a vermelho e faixa amarela envolvendo o corpo, sendo depois mudada de faixa única para faixa dupla (até a cabine, prosseguindo singela até o final), chassi frontal em faixas pretas e amarelas, logotipo “Central” em amarelo no centro das laterais, encimado por “RFFSA” (decais LAF-2).

Relegadas ao tráfego de trens de pequena velocidade até 1978, algumas unidades permaneceram em Barra do Piraí até 1983, quando foram para Engenho de Dentro e sucateadas, exceto a nº 3211, inteiramente recuperada e preparada, podendo tracionar composições turísticas da RFFSA algum dia [FRC, com informações do artigo de Robson Almir Guimarães, nas edições nº 29 e 30 da revista Esporte Modelismo. No entanto, posso ter introduzido erros, ou outras informações, que não são de responsabilidade do Robson].

Locomotiva Alco FA1 no cartão de Natal da Frateschi em 1988

Alco FA1 na Esporte Modelismo

Flavio R. Cavalcanti - Ago. 2013

Em Novembro de 1988, publiquei no Centro-Oeste nº 25 esta foto e este resumo das informações contidas em um ótimo artigo de Robson Almir Guimarães, publicado na revista Esporte Modelismo nº 29 e 30.

Infelizmente, já não tenho aquelas duas edições da Esporte Modelismo, nem as datas em que foram publicadas — provavelmente, no primeiro semestre de 1987, pois em Outubro já estava no nº 34, ao ritmo médio de uma edição a cada 45 dias. O Robson também já não lembra a data da foto.

Parece bastante provável que em fins de 1988 já se soubesse do ferreomodelo em preparação pela Frateschi.

Um mês após a publicação deste resumo no CO-25, os ferreomodelistas recebiam o cartão de Natal da Frateschi, com uma bela foto da locomotiva Alco FA1 nº 3207, de autoria de Fábio Dardes — e que seria o “poster” da RBF nº 4, distribuída em Agosto de 1989.

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(*) O “exorcismo” a que me referia, logo no primeiro parágrafo, era uma tira-teima recorrente, na época, constantemente realimentado por novos ferreomodelistas, que “juravam” já ter visto a locomotiva F7 — ou outra “igualzinha” — puxando os trens de passageiros Santa Cruz e Vera Cruz, nos tempos de sua infância.

Seguidas vezes, a Frateschi e vários ferreomodelistas publicaram pequenos textos explicando quais locomotivas “iguais” à F7 haviam rodado, de fato, nas ferrovias brasileiras — a FA1, a B12, a PA2, a English Electric da RFN — mas, no fundo, todos suspeitávamos de que somente o lançamento de um ferreomodelo Frateschi seria capaz de “exorcizar” o “fantasma da F7” (FRC).