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A volta do Trem de Prata: 1994 A viagem Trem de Prata, Santa Cruz e Vera Cruz As inscrições dos carros de aço Budd
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A volta do Trem de Prata - 1994
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Na última sexta-feira, uma equipe participou da viagem de teste do Trem de Prata, para avaliar as instalações, o serviço do restaurante e o desempenho dos 21 empregados de bordo. Também foi testado o uso de telefones celulares. O consórcio avalia se é possível autorizar o uso do aparelho.
Cozinheiros internacionais já experimentaram o fogão alemão a vapor, do carro-restaurante.
Os 10 carros — 7 dormitórios, 1 restaurante, 1 bar e 1 de bagagens — estão prontos para entrar em circulação (Folha de S. Paulo, 94/Dez/05).
Com os 133 lugares dos 7 carros-dormitório ocupados, o trem sai hoje às 20h30 para São Paulo. Amanhã, fará a primeira viagem para o Rio. Todos os lugares também foram vendidos.
Na viagem-teste, os funcionários descobriram que a velocidade de 65 km/h é mais conveniente do que a de 70 km/h. "O balanço é mais suave e facilita o trabalho dos funcionários".
Deverá estacionar em São Paulo por volta das 6h, e não às 5h como era previsto.
O preço da ponte aérea Rio-SP em dias de semana é R$ 140 (FSP, 94/Dez/08).
A primeira viagem do Trem de Prata começou com alguns problemas. A composição, que deveria ter saído às 20h30, deixou a estação Barão de Mauá às 21h10. Até as 20h30, funcionários davam os últimos retoques, colocando colchões e finalizando a decoração. Em algumas cabines, ainda havia um forte cheiro de tinta fresca.
A composição viajou com 4 carros-dormitório. Os outros 3 não ficaram prontos a tempo. O embarque foi feito separadamente, em cada carro, para que houvesse tempo para finalizar os demais. O trem partiu com 76 passageiros — 19 em cada carro.
Nos primeiros 40 minutos de viagem, os telefones celulares funcionam para ligações feitas de dentro do trem. Depois, só puderam ser usados novamente a partir da divisa de São Paulo.
No primeiro mês de operação, tanto os passageiros do Rio como de São Paulo terão que comprar as passagens na central de vendas do Rio. A central de São Paulo funcionará na estação Barra Funda e deve ser concluída em Janeiro. O pagamento pode ser feito com o cartão Dinner's Club (FSP, 94/Dez/09).
A viagem inaugural do Trem de Prata, anteontem, agradou ao público nostálgico do Santa Cruz, desativado em 1991. O trem é o mesmo, só que redecorado e glamourizado. Minutos após a partida, os passageiros já inauguravam o carro-bar.
No videolaser, um show de Frank Sinatra completava a atmosfera nostálgica.
"Adoro viajar de trem. Parece que a gente está vivendo um filme. A ponte aérea é chata, sem sal", disse o médico Acrísio Scorzelli, 44, que levava o filho Ricardo, 7, para sua primeira viagem de trem. Como a maioria dos passageiros da viagem de estréia, Acrísio é um veterano do antigo Santa Cruz. "Agora está todo moderninho, bonitinho, coisa de Primeiro Mundo", disse.
O clima de Primeiro Mundo é frágil. Uma brevíssima parada na estação Japeri, conexão do Quarto Mundo no subúrbio carioca, foi suficiente para gerar constrangimento. Para proteger os passageiros que jantavam, dos olhares curiosos, uma funcionária baixou as persianas.
O jantar é servido em 2 turnos, das 20h30 às 22h30, e daí até 0h30. É necessário optar por um dos 2 horários já ao fazer o check-in na estação.
O convite ao namoro foi o que atraiu a arquiteta Ana Maria Rocha, que viajou com o namorado Gustavo Mota, para ver o último fim-de-semana da Bienal. "É romântico, tem um clima sensual", disse Gustavo.
Ontem, o trem de retorno partiu de São Paulo pontualmente às 20h30, lotado.
A linha férrea continua em mau estado: — O trem sacoleja demais. As cabines, embora redecoradas, continuam pequenas.
Uma chuveirada no banheiro das cabines duplas é um exercício de contorcionismo (FSP, 94/Dez/10).
Com cheiro de tinta fresca nos corredores, e os fogões alemães a todo o vapor, o Trem de Prata deixou anteontem a estação de Barra Funda pontualmente às 20h30. Enquanto os passageiros molhavam a boca com as primeiras doses de uísque 12 anos e vinho estrangeiro, os 4 cabineiros dos carros-leito abaixavam os beliches das 28 compactas cabines duplas e trancavam as portas dos quartos.
"Nessas horas tenho saudade do Vinícius de Moraes", conta Edvaldo Ferreira dos Santos, 54, que por 30 anos foi cabineiro do Santa Cruz. "Ele largava as malas conosco, ia para o bar e só voltava, com passos meio trocados, para buscar a valise quando o trem estacionava no Rio".
Ao som de Madonna, os boêmios entraram a madrugada no carro-bar. Os mais românticos foram para as cabines. "Faltou lua cheia e um pouco de espaço, mas deu para namorar bastante", conta Maria de Lourdes Assumpção, 53, que relembrou sua noite de núpcias com o marido Joaquim Assumpção, 56. "Foi inesquecível" (FSP, 94/Dez/11).
(...) Como alternativa da ponte aérea, é problemático: falta o "timing". O sujeito sai por volta das 21h, chega às 6h30. Encontra São Paulo ou o Rio fechado, bancos repartições e lojas só abrirão mais tarde. (...)
Para substituir os aviões, os trens teriam de oferecer frequência menor, de 4 em 4 horas. É o que acontece na Europa e nos Estados Unidos: o executivo italiano, por exemplo, tem 6 horários diretos entre Roma e Milão, além de trens paradores no mesmo percurso. E a velocidade é bem maior.
Abstraindo o leito da estrada deficiente e o "timing" inadequado, o Trem de Prata é uma alternativa de programa. O bar funciona, o restaurante é agradável, a comida (ao menos nesta primeira viagem) fica em torno de 4 estrelas — para usar uma referência convencional.
Era como programa que eu usava seus ancestrais, o Vera Cruz e o Santa Cruz. Não havia ainda hotel de alta rotatividade, a oferta no setor ficava nos quebra-galhos de circunstância, além do próprio carro. Uma noite em cabine refrigerada, com serviço de bordo — tinha seu apelo. Voltava-se de avião ou no mesmo trem, à noite. (...)
Há clima nesses trens. Agatha Christie e Graham Greene escreveram romances policiais passados em cabines mais ou menos iguais. Hitchcock, na fase inglesa, fez um de seus melhores filmes (A Dama Oculta) num trem parecido. (...)
Um conselho final: o trem não se recomenda ao Jô Soares, a menos que ele encare um regime de arrasar quarteirão (Carlos Heitor Cony, FSP, 94/Dez/11).
Cabine de solteiro nº 10, carro 3: — 1,5 m de largura por 2,15
m da porta à janela, paredes verde-abacate nuas, sem avisos ou gravuras.
Não vejo onde pôr a sacola: ela fica no chão. Aciono uma maçaneta:
o lavatório, em menos de 1 m
Rumo ao carro-restaurante, os corredores têm paredes revestidas de fórmica rugosa verde-abacate com pontos marrons e 60 cm de largura, o que te obriga a andar de lado ao cruzar com alguém. (...)
Entro no banheiro coletivo, para ver. Surpresa: uma pia metálica antiga, como um dolmo preso à parede; puxa-se uma alça para que desça. É a peça mais bonita do Trem de Prata. As paredes também são verde-abacate. Aliás, este trem bem poderia chamar-se Trem de Abacate!
Toalhas brancas, arandelas, garçons de sotaque carioca, cardápio à francesa. O Beaujolais Nouveau e uma ligação via celular elevam o astral (Bernardo Ajzenberg, FSP, 94/Dez/11).
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