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Maquetes de ferreomodelismo
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Por "capim", pretendo referir-me a qualquer planta de altura superior a 50 cm, de folhas acentuadamente enciformes, que se propague por tufos.
Para os fins deste trabalho, portanto, o termo abrange tanto a melissa ou a erva-cidreira, como o capim-navalha e a taboa ou tabua (não confundir com tábua...), que chega a atingir 3 metros de altura.
A técnica para fazer e plantar imitação de capim na maquete de ferreomodelismo, exposta a seguir, inspirou-se numa dica de Gordon Odegard que, por sua vez, "chupou" a idéia de Art Curren — gerente de produção de publicidade da Kalmbach — como informa em um artigo para principiantes publicado na Model Railroader de 91/Ago, pág. 79.
O grande mérito da idéia está no método proposto: — Introduzir, pelo meio, pequenas meadas de fios de retrós em orifícios apropriados, com o auxílio de uma chave-de-fenda.
Foi em Março último que senti necessidade de simular capim para melhorar o realismo de minha maquete. Antes de lembrar do artigo de Odegard — felizmente registrado no meu fichário — experimentei vários materiais, como pelos de pincel de barba, sisal e linha de carretel, assim como o sistema de plantar cada tufo pelo pé, previamente endurecido com cola branca ou outro aglutinante.
Descobri recentemente que o fabricante de um capim vendido pela Micro-Mark manda fixá-lo ao solo por meio de pocinhas de cola branca — processo que, além de lento, é de duvidosa exeqüibilidade, posso garantir.
1 ripa de pelo menos 50 cm de comprimento (a da foto tem apenas 30 cm para facilitar a composição)
1 peça de madeira de 10 x 10 x 2 cm, aproximadamente
2 retroses em 2 tons de verde, de poliamida (Settanyl) ou poliéster (Drima)
2 pregos 10 x 10
1 prego 22 x 48
1 — Divide-se a ripa em centímetros e, a cada centímetro, traçam-se linhas transversais compridas e curtas — ou pretas e vermelhas — alternadamente. Fixam-se os pregos 10 x 10 nas suas extremidades, como mostrado na letra "A" da Foto.
2 — Com uma broca de 5 mm faz-se um furo de cerca de 1,5 cm de profundidade no centro da outra peça de madeira, pelo qual se introduz, sob pressão, o prego 22 x 48, com a cabeça previamente serrada. O conjunto forma um suporte que facilitará o manuseio concomitante dos 2 retroses conforme a letra "B" da Foto.
1 — Colocados os retroses no suporte, amarram-se as extremidades de seus fios num dos pregos da ripa e passam-se as linhas de um para outro prego, sucessivamente, tantas vezes quantas forem necessárias para se obter um bom tufo de capim. Na montagem mostrada na letra "A", as linhas fizeram 8 voltas, daí resultando uma meada com 32 fios e, ao final, tufos de 64 "folhas" de capim.
2 — Sobre cada marca curta (ou vermelha) da ripa, amarra-se a meada com um nó bem firme, usando-se para tanto uma das linhas escolhidas para fazer o capim.
3 — Terminada a amarração da meada, cortam-se os tufos, tendo como gabarito as marcas compridas (ou pretas) da ripa. É óbvio que após o primeiro corte a meada cai sobre a ripa, mas isso não impede que se continue seguindo a marcação.
De acordo com a seqüência dos desenhos ao lado, "planta-se" o capim do seguinte modo:
1 — Com a sovela faz-se um orifício no "solo", ligeiramente maior que o diâmetro do tufo dobrado em dois.
2 — Aplica-se uma gota de cola no orifício, usando o pincel, que para isso oferece mais precisão do que qualquer conta-gotas.
3 — Pinça-se um tufo de capim, colocando-o sobre a "cova" de modo que o nó coincida com o seu centro.
4 — Com a chave-de-fenda empurra-se o tufo até que atinja a profundidade desejada.
1 — A divisão em centímetros da ripa mostrada na foto é para produzir capim de médio a alto na escala Z, e capim de baixo a médio na escala N, considerando-se que o tufo, depois de dobrado sobre si mesmo, deverá ser "enterrado" a pelo menos 2 mm de profundidade.
Para capim N alto e HO de baixo a médio, a divisão deverá ser de 15 em 15 mm; e para capim HO alto, de 25 em 25 mm.
Quanto maior a ripa, tanto mais rápida a produção. Mas acima de 80 cm o trabalho torna-se difícil. Com uma ripa desse tamanho, dividida em centímetros, consegui fabricar mais de 1.000 tufos num único fim-de-semana.
2 — O corte da meada amarrada não deve ser perpendicular ao eixo da ripa, mas sim com uma inclinação de uns 45 graus, ora num sentido, ora noutro, de modo a resultar tufos com "folhas" de vários comprimentos, como o mostrado na letra "C" da Foto.
4 — O retrós de algodão é muito brando, pelo que só deve ser usado para capim muito baixo. O Settanyl é mais firme que o Drima, de modo que usei-o nas taboas (não confundir com tábuas!) ao fundo e à direita do lago na Capa do CO-85. Já para as moitas de melissa — em verde bem mais claro — que vicejam ao longo da ferrovia, empreguei o retrós Drima.
5 — Pode-se usar mais de 2 retroses. Neste caso o prego 22 x 48 deve ser substituído por um vergalhão de 1/4'' (6,35 mm), no máximo, e comprimento adequado, introduzido num orifício de 6 mm. Tanto o prego quanto o vergalhão podem ser substituídos por uma vareta de madeira, ou um pauzinho de restaurante chinês, desde que roliço e com 5 mm de diâmetro.
6 — A sovela pode ser substituída por um prego 12 x 12 fincado na extremidade de uma vareta, como se vê na letra "D" da Foto (a vareta é um dos citados "pauzinhos" chineses).
O prego 12 x 12 tem 1,9 mm de diâmetro, ideal para "plantar" tufos de 64 "folhas", cujo diâmetro à altura do nó é de aproximadamente 1,8 mm.
Se o terreno da maquete for assentado diretamente sobre madeira, ou se se deseja plantar o capim sobre resina (como no lago referido), deve-se usar broca de 1,9 ou 2,0 mm para tufos de 64 "folhas" de linha sintética. No caso da resina, fixa-se o tufo com Super Bonder (nova fórmula), levado à "cova" na ponta de um palito de dentes.
7 — A chave de fenda mostrada na letra "E" da Foto, e parcialmente reproduzida no desenho, é comumente usada por relojoeiros. Vende-se em estojos contendo chaves de vários tamanhos, ou por unidade, nas "fornituras" — como se autodenominam as lojas especializadas em artigos para relojoeiros e ourives.
Pode ser substituída por outra qualquer, de tamanho adequado e chanfro paralelo; ou por uma adaptação feita com prego, arame etc.
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