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Conexão da Ferrovia Nova Transnordestina com a Ferrovia Norte - Sul
Ligação da "Nova Transnordestina" à Ferrovia Norte-Sul
[Fonte: apresentação da ministra Dilma Roussef sobre o andamento das obras do PAC
na III Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Soja, Brasília, 10 Mar. 2009]

   

PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
Ligação Norte-Sul + Nova Trans

Flavio R. Cavalcanti

A "Nova Trans" tem se assemelhado mais a um interminável campeonato de quedas-de-braço, do que a uma "obra" — e a Cia. Ferroviária do Nordeste (CFN), agora com novo nome ("Transnordestina Logística"), tem se assemelhado mais a um incansável praticante desse esporte, do que a uma "operadora ferroviária", na acepção comum das palavras.

Por isso, essa conexão permanecia um projeto abstrato, sem muito fundo prático — até 23 Set. 2009, quando o Congresso aprovou a participação da Valec como sócia-minoritária no empreendimento.

A Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. tem sido o braço estatal para colocar em movimento novas construções ferroviárias — inclusive recebendo a concessão de linhas concorrentes às linhas que a iniciativa privada não se entusiasma a construir.

É interessante observar que, se a CFN não levar seus trilhos ao Piauí, a soja desse estado — sobre a qual repousa a viabilidade do porto de Pecém (Fortaleza, CE) — poderá acabar fugindo pela Ferrovia Norte-Sul e pela EF Carajás em direção ao porto de Itaqui (São Luís, MA).

Mas, se tudo ocorrer como planejado, a região próxima às jazidas minerais de Carajás e à mega-usina hidrelétrica de Tucuruí acabará por dispor de uma invejável infraestrutura ferroviária em bitola larga, além da hidrovia Tocantins-Araguaia — integrando-se dessa forma aos polos industriais e portuários de Belém, São Luís, Fortaleza e Recife.

É interessante observar no mapa a persistência das ligações que deveriam compor o projeto original (ou "tradicional"?) da velha Transnordestina — os trechos Petrolina-Salgueiro e Crateús - Piquet Carneiro.

   

Referências

O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC não é um plano viário, e sim um mecanismo de coordenação de obras e investimentos públicos e privados, supervisionado pelo Gabinete Civil da Presidência da República para solucionar eventuais obstáculos, atrasos, falta de coordenação entre agentes públicos e privados etc.

As ilustrações são slides da apresentação elaborada pelo Ministério dos Transportes, e utilizada pela ministra do Gabinete Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, sobre o andamento das obras do PAC, na III Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Soja, em Brasília, a 10 de Março de 2009.

Ferrovias

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