Lendo a matéria em que o Alexandre Santurian fez uma observação sobre a colocação das molas dos truques Phoenix, fiquei imaginando se ocorreram
outros problemas iguais ao dele. Por serem molas operacionais, colocadas manualmente em sua posição, elas estão sujeitas a saírem do lugar,
acidentalmente, por diversos motivos.
Não temos parâmetros para conhecer com certeza a quantidade de molas que, acidentalmente, tenham escapado dos truques. Por isso, fica difícil
oferecer nossa assistência nestes casos.
Para melhor conhecer o problema e, assim, poder oferecer assistência e orientação, gostaríamos que os companheiros escrevessem informando
e descrevendo qualquer acidente desse tipo, e a solução encontrada ou não.
Aqui, vamos passar algumas dicas — que não são segredo — de como montar os truques e colocar as molas.
Re-montagem
A montagem ou re-montagem do conjunto deve ser feita sem os rodeiros. Coloque a lateral do truque na ponta da travessa (Fig. 1).
Insere-se a ponta de um estilete numa ponta da mola — entre a última e a penúltima espira. De preferência, use estilete de ponta fina.
Com o estilete, leva-se a mola à sua posição no truque. A ponta com o estilete será a parte de cima da mola, e a outra ponta, a de
baixo.
Primeiro, insere-se a ponta de baixo da mola num dos pinos inferiores, que ficam na lateral do truque. Depois, com uma pequena pressão
para baixo, encaixa-se a outra ponta da mola no respectivo pino superior, que fica na travessa do truque.
Repita essa operação com as outras molas que tenham se soltado.
Uma vez que as 4 molas estejam no lugar, prendendo as 2 laterais à travessa do truque, parte-se para a colocação dos rodeiros. Eles
têm 1 ponteiro no centro externo de cada roda, para encaixar entre as faces internas das 2 laterais do truque.
Para fazer o encaixe, deve-se torcer de leve o truque previamente montado. Isso facilita que os ponteiros do eixo entrem nos respectivos
encaixes, sem forçar o rodeiro, e portanto, sem desalinhar as rodas.
Recomendamos que essa operação seja feita em local bem iluminado e cujo piso não tenha tapete ou carpete. A bancada de trabalho deve
ter o formato de uma bandeja — uma superfície mais baixa no centro, ou apenas cercada com anteparos, evitando que um rodeiro role
para o chão etc.
Ainda não sabemos se esta pequena orientação irá surtir resultados satisfatórios, em casos de desmontagem acidental dos truques Phoenix.
Por isso, pedimos que os modelistas, ao enfrentarem o problema, relatem sua experiência, resultados, dificuldades etc. ao Centro-Oeste
ou à Phoenix.
A técnica de quem faz
Centro-Oeste nº 65 (10-Abr-1992)
As dicas do companheiro Sílvio Tadeu não invalidam a dica do CO-63/11, passada pelo Marcos Bertossi. O Sílvio e o Marcos são
os responsáveis pela montagem original dos truques RP-25 Phoenix.
Dou meus parabéns aos companheiros por sua atitude de discutir, com naturalidade e sem rodeios, eventuais dificuldades envolvendo
o uso do material que produzem. Isso sempre traz certo risco.
Quanto ao truque RP-25 Phoenix — cujas micro-molas são um "luxo", não um "defeito" —, o que posso dizer é que não se trata
de um produto para uso universal, sem maiores cuidados. É uma opção para o modelista exigente e — supõe-se — mais experiente
e cuidadoso.
Também não é algo para passar de mão em mão, entre clientes em pé diante do balcão, principalmente no calor de uma discussão
(FRC)