EFMM - Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Quadro de Avisos: – EFMM
Pequenas notícias sobre a EF Madeira-Mamoré
publicadas no Centro-Oeste, de 1991 a 1995
30-Dez-1991 - Madeira-Mamoré - CO-62
O trecho turístico (reativado), que restava da EF Madeira-Mamoré,
foi desativado e está sendo convertido em centro cultural. A antiga
oficina, agora serve de abrigo a meliantes. Os pátios da oficina
- onde foram aterrados o girador e outros equipamentos - virou sambódromo.
A estação foi transformada em casa do artesão.
Por medida de "economia", já não existe uma turma que cuide da
linha. Locos em bom ou mau estado estão largadas ao tempo, esperando
pela ferrugem. O mesmo, quanto aos carros e vagões.
Ferroviários que cuidem do patrimônio, só havia 4 nos dias de minha
última visita, Nov.23, 24 e 25. De público, não havia ninguém. Fazer
o quê? (Rosendo Vericat, Cacoal, RO).
10-Mai-1992 - EFMM (I) – CO-66
Assinado em 92/Mar/10, pelo presidente Collor, o decreto que permite
iniciar a transferência do patrimônio da EF Madeira-Mamoré para
o governo de Rondônia. Aliás, foi o atual governo de Rondônia que
desativou o trecho turístico que havia sido reativado e vinha sendo
mantido em operação a duras penas. Sua bandeira, nos jornais que
lhe são favoráveis, tem sido atacar a antiga administração da EFMM,
e alardear que irá reativá-la em toda extensão.
10-Mai-1992- EFMM (II) – CO-66
Instaurado inquérito em 92/Fev/19, pelo procurador da República,
Roberto Luís Thomé, para apurar a situação passada e presente da
EF Madeira-Mamoré. Será investigada a existência de "quantidade
enorme de material, máquinas e construções em estado de abandono
e em processo de decomposição ao longo da ferrovia, a par de inúmeros
objetos desapropriados e sem condições de voltarem ao domínio público",
inclusive o girador de locomotivas, aterrado e cimentado.
1°-Set-1992 - Rotunda – CO-70
A Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de
Rondônia, juntamente com os Amigos do Trem, realizaram em Jul/10
um encontro na praça da EF Madeira-Mamoré, Porto Velho, em memória
do 20° aniversário da desativação da estrada.
Segundo o arquiteto Luiz Leite, mais do que uma reunião de pessoas
que ainda não perderam a esperança de reativar a ferrovia - "ameaçada
com o anúncio da construção de um centro cultural" (CO-69/20) -,
o encontro buscava sensibilizar as autoridades para "anistiarem"
a famosa "Ferrovia do Diabo".
Só para se ter uma idéia do que significa a EFMM - prossegue o
arquiteto -, em seu pátio está enterrado o girador de locomotivas.
Antes de ser soterrado, foi lubrificado pelos ferroviários, na esperança
de que um dia os trens voltassem a apitar nos trilhos, entre Porto
Velho e Guajará-Mirim (jornal O Estadão, Porto Velho, 92/Jul/10).
1º-Out-1992 - Rondônia (I) - CO-71
A Bandeirantes apresentou uma reportagem sobre a EF Madeira-Mamoré,
na Amazônia. As cenas foram de entristecer, com o material deteriorando
e as linhas invadidas pelo mato (César Tonetti, Valinhos, SP).
1º-Out-1992 - Rondônia (II) - CO-71
Não existem mais os passeios da EF Madeira-Mamoré. A linha foi
invadida, em Porto Velho, e a mata já tomou conta dos trilhos em
Santo Antônio, onde também fui (José F. Pavelec, Ponta Grossa, PR).
1º-Set-1995 - Rondônia - CO-96
Nossa luta já deu algum resultado, pois o passeio turístico da
estação de Porto Velho até Santo Antônio (8 km), aos Domingos e
feriados, já foi restabelecido - assim como o museu ferroviário
voltou a abrir, inclusive aos Sábados e Domingos.
Neste mês de Junho, nossa Associação está dando apoio logístico
a uma equipe de cinema da Dinamarca, que está fazendo tomadas em
Porto Velho e Guajará-Mirim para um filme sobre a saga da EF Madeira-Mamoré,
a ser exibido nos países escandinavos em Janeiro próximo (Luiz Leite
de Oliveira, presidente da Associação de Amigos da Madeira Mamoré,
Porto Velho, RO).
1º-Set-1995 - Rondônia - CO-96
Um trecho de 16 km na outra ponta da EF Madeira-Mamoré, de Guajará-Mirim
até Bananeiras, foi reinaugurado em Abril/10 pp., com uma pequena
litorina recuperada, para 15 passageiros.
A recuperação foi feita pela prefeitura de Guajará-Mirim, que espera
inaugurar em Setembro os 26 km até Iata (Rosendo Vericat, Aracaju,
SE).
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