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Estrada de Ferro Tocantins
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Em 1957, a diretoria da Fundação Brasil Central declinou, gentilmente, a oportunidade de integrar a Estrada de Ferro Tocantins na recem criada RFFSA [30 Set. 1957]. Tipo, quem sabe, em outra oportunidade. “A atual administração desta estrada pela Fundação Brasil Central afastou por agora a sua inclusão na rede recém-formada” [1957, p. 139]. A sobrevida da EFT até 1973 quando as pequenas ferrovias incorporadas à RFFSA já eram só lembrança parece cobrir de sabedoria essa decisão. Na FBC, a EFT permanecia sob o guarda chuva de um foro onde a região tinha audiência privilegiada.
Porém, ainda era uma ferrovia federal, e continuava no programa do DNEF de remanejamento de locomotivas entre as estradas de ferro. Seria o caso da Mikado recebida da RVPSC (acima).
Essa redistribuição de locomotivas vinha se intensificando à medida em que novas ferrovias eram encampadas pelo governo federal por motivos estratégicos, por encerramento das antigas concessões, por falência de empresas privadas ou por necessidade de alavancar redes ferroviárias estaduais e regionais.
Lloyd Atlântico S/A de Seguros | 10:450$000 |
Lloyd Brasileiro (frete) | 75:787$000 |
Rede Mineira de Viação (embalagem) | 762$000 |
Estrada de Ferro Central do Brasil (transporte) | 11:021$000 |
Estrada de Ferro Central do Brasil (transporte) | 2:085$000 |
Administração do Porto do Rio de Janeiro | 693$000 |
Total | 100:800$000 |
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O relatório da EFT de 1957 mostra que essas transferências nem sempre davam os resultados esperados, ao fazer um balanço de quatro locomotivas cedidas pela Rede Mineira de Viação 15 anos antes, em 1942. Essas quatro locomotivas tinham sido despachadas desmontadas, embaladas em 7 volumes e transportadas do depósito de Cruzeiro ao cais do porto do Rio de Janeiro pela Estrada de Ferro Central do Brasil. Eram as locomotivas 120, 121, 123 e 125, que haviam sido avaliadas em oitocentos contos de réis (800:000$000), e cujo transporte custou cem contos e oitocentos mil réis (100:800$000):
Quinze anos mais tarde, apenas a locomotiva nº 121 estava ativa na EFT, com o nome “Caripé”, após "grandes reparos e modificações".
As locomotivas nº 123 e 125 trabalharam pouco tempo na EFT, e nem chegaram a ser batizadas. "A nº 123 foi encostada em 1946 e a nº 125 em 1945, ambas como sucata".
Após 15 anos, a locomotiva nº 120 ainda não tinha entrado em serviço, "por haver trazido grande fenda na caldeira". Encontrava-se em demorados reparos, iniciados ou retomados em 1957, e esperava-se que pudesse ser entregue ao tráfego no primeiro semestre de 1958.
Bibliografia A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016 Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015 Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015 The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015 Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015 Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014 |
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