Centro-Oeste - Trens, ferrovias e ferreomodelismo
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Ferrovias

• Estrada de Ferro Goiás - 30 Jul. 2018

• GE U23C nº 3902 RFFSA - 8 Out. 2017

• Litorinas Budd RDC no Brasil - 27 Set. 2017

• Fases de pintura das English Electric EFSJ / RFFSA - 2 Mai. 2017

• A Velha Senhora no trem da Luz a Paranapiacaba (1985) - 22 Fev. 2017

• Trens especiais Curitiba - Pinhais (1991) - 29 Nov. 2016

  

Bibliografia

• A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016

• Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015

• Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015

• The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015

• Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015

• Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014

  

   

EFMM - Estrada de Ferro Madeira Mamoré
As coleções fotográficas
do Museu Paulista - USP

Catálogo da exposição
Ferrovia Madeira-Mamoré: Trilhos e Sonhos – Fotografias
BNDES e Museu Paulista da USP
cortesia: Carlos E. Campanhã
Solange Ferraz de Lima / Vânia Carneiro de Carvalho*

A curadoria de fotografias no Museu Paulista da USP é hoje responsabilidade do Serviço de Documentação Textual e Iconografia, que conta com a dedicação de uma documentalista e duas historiadoras, além dos serviços temporários, porém essenciais, de técnicos e pesquisadores autônomos. A integridade material dos documentos bem como a sua divulgação são, por sua vez, garantidas pelo trabalho integrado deste Serviço com o Laboratório de Conservação e Restauração, o Laboratório Fotográfico, o Serviço de Museografia e Comunicação Visual, a Biblioteca, o analista de sistema, entre outros. O Serviço de Documentação Textual e Iconografia abriga mais de 100 mil documentos, dos quais 30 mil são imagens nos mais diferentes processos. Deste último conjunto destacam-se as fotografias, que hojem chegam a 20 mil unidades. O acervo fotográfico foi o que mais cresceu nos últimos 10 anos, tendo praticamente duplicado. Fruto de doações e compras patrocinadas, este acervo reúne, majoritariamente, imagens de 1860 a 1950. Retratos avulsos e em álbuns, fotografias de eventos familiares, paisagens urbanas, sobretudo de São Paulo, na forma de cartões postais ou mesmo álbuns comerciais, e repertórios fotográficos que documentam obras de engenharia, como é o caso da coleção Dana Merrill, colocam à disposição de pesquisadores um leque considerável de temas para serem desenvolvidos, muitos dos quais ainda inéditos.

O investimento na aquisição de retratos do século XIX, por exemplo, contribui para o conhecimento das técnicas fotográficas históricas, dos fotógrafos atuantes no Brasil, além de trazer à luz um impressionante inventário de poses e feições humanas. No caso das paisagens urbanas que foram objetos de forte comercialização, ainda há muito que se explorar no campo das representações sociais, sobretudo no que tange ao papel da fotografia, como objeto plástico, na formação de um discurso visual sobre a cidade.

No caso da documentação de obras de engenharia e arquitetura, típica função atribuída à fotografia no século XIX, destacam-se as fotografias da S. Paulo Railway (Santos-Jundiaí/1871)¹, da construção do Reservatório de Água da Cantareira (1893)², da construção do edifício que abriga o Museu Paulista (1803)³ e recentemente integrada, a coleção de negativos do fotógrafo Dana Merrill, referente à ferrovia Madeira-Mamoré. Essas coleções permitem vislumbrar não apenas o lugar da técnica no século XIX e as novas formas de interação do homem com a máquina, mas, igualmente importante, os sentidos que a imagem logrou constituir, colocando em pauta quais funções cumpriria a fotografia neste contexto - a comparação, por exemplo, da imagens de Militão da S. Paulo Railway com os registros de Dana Merrill da ferrovia Madeira-Mamoré (Rondônia), quase 50 anos mais tarde, demonstra como a fotografia afastou-se do modelo pictoricamente equilibrado, limpo e ordenado, aplicado às representações dos grandes feitos tecnológicos para colocar em cena as tensões entre máquinas, floresta e homens de diferentes grupos sociais, étnicos e profissionais.

No entanto, apesar do fascínio imediato que as fotografias exercem sobre o seu expectador, uma série de procedimentos são necessários para que esses documentos sirvam de fato à produção de conhecimento. Tais procedimentos fazem parte da atividade cotidiana de curadoria em um museu e pressupõem equipe multidisciplinar, infra-estrutura técnica e política científica, de acervos e de difusão cultural.

O tratamento documental, do qual este pequeno catálogo é um produto parcial, longe de se resumir na extração dos dados imediatamente observáveis na imagem, procurar agregar todo tipo de informação que contextualize o documento antes e depois de sua musealização. Neste sentido, podemos afirmar que a catalogação não tem exatamente um término. A ficha catalográfica funciona como o histórico médico de um paciente de vida longa. Durante a sua existência na instituição vão sendo armazenados os dados sobre a trajetória do documento - participações em exposições, publicações, CD-ROMs, pesquisas acadêmicas, mídia eletrônica etc. Do mesmo modo, nesta ficha são registradas as restaurações e o acompanhamento do estado de conservação do documento.

O histórico do documento, isto é, o rastreamento de pistas sobre a formação do conjunto documental, seus usos e funções antes da entrada no museu, reúne informações preciosas e que, na grande maioria das vezes, não se encontram explicitadas no próprio documento, demandando pesquisas de campo, de bibliografia, bem como a coleta de depoimentos. Todas estas atividades decorrem, em parte, da necessidade que o pesquisador tem de conhecer o seu objeto de estudo, de modo a encaminhar, de maneira mais segura, suas hipóteses de trabalho. No entanto, a relação entre a catalogação bem informada e a pesquisa acaba sempre sendo de dupla via, com conseqüências benéficas para ambas, já que é o próprio interesse pela pesquisa que permite que novas informações integrem a ficha catalográfica. Esta é a dinâmica desejável, nada fácil de se cumprir.

Hoje podemos colocar à disposição do público a coleção Dana Merrill documentada sob vários aspectos - a história de sua trajetória, da Amazônia até as mãos do jornalista e sertanista Manoel Rodrigues Ferreira; o registro dos diversos produtos culturais dos quais foi objeto ou participou indiretamente (exposições, livros, catálogos, sites); a identificação dos conteúdos das imagens (locais, parte das personagens fotografadas, denominações técnicas oriundas da atividade ferroviária); e os dados técnicos (tipo de filme utilizado, por exemplo). Longe de se esgotar, este é um trabalho que vem se juntar a outras iniciativas passadas. Pouco se sabe, ainda, sobre a trajetória do fotógrafo Dana Merrill, nem se tem o domínio completo dos registros fotográficos que sobreviveram deste mesmo período. Com a divulgação da coleção através da presente exposição e do banco de imagens do Museu Paulista, temos a certeza de que novas histórias se unirão a esta.

*Solange Ferraz de Lima e Vânia Carneiro de Carvalho são historiadoras e curadoras do Museu Paulista da USP.

¹Autoria de Militão Augusto de Azevedo.

²Autoria de P. Doument.

³Autoria de Guilherme Gaensly

   
  

Ferreomodelismo

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• Escalímetro N / HO pronto para imprimir - 12 Out. 2015

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Ferreofotos

• Estação Aimorés - Trem Vitória a Minas - 27 Set. 2017

• EFSPRG - A ferrovia na guerra do Contestado - 25 Set. 2017

• Toshiba DNPVN - Porto do Rio Grande - 11 Jul. 2017

• A volta da locomotiva "Velha Senhora" (1981) - 18 Fev. 2017

• Reconstrução da Rotunda de São João del Rei (1983-1984) - 8 Dez. 2016

• Trem do centenário do cerco da Lapa (1993) - 2 Dez. 2016

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• Os “antigos” trens turísticos a vapor da RFFSA - 23 Nov. 2016

• G12 canadenses “espartanas” nº 4103-4196 na ALL - 7 Set. 2016

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Ferrovia Madeira-Mamoré: Trilhos e Sonhos – Fotografias
BNDES e Museu Paulista da USP
Apresentação | Os trilhos e as trilhas da Madeira-Mamoré
Trilhos na floresta: a Madeira-Mamoré
A Coleção Dana Merrill: Momentos decisivos para sua recuperação
O fotógrafo Dana Merrill | As coleções fotográficas do Museu Paulista - USP
Coleção de negativos de Dana B. Merrill sobre a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
Créditos
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré - EFMM
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