Ferreomodelismo live steam 1:20
As locomotivas de Deo Espírito Santo

Flavio R. Cavalcanti - 20 Out. 2012

Ao receber o Chico Tampieri e o Carlão para uma tarde de conversa boa e demonstração de sua locomotiva Mikado 165 EFVM movida a “vapor vivo” (live steam), em 4 Mai. 2011, Déo Espírito Santo Sobrinho era um jovem atleta — com vários prêmios de corrida em sua categoria — de 82 anos. Um requisito importante, sem dúvida, para quem levanta e carrega ferreomodelos de 13,080 kg e trabalha 3 a 4 horas somente na montagem e nivelamento dos trilhos e demais acessórios de linha, para em seguida cuidar, durante horas, do perfeito funcionamento de sua “miniatura” de locomotiva “maria fumaça” [veja o trabalho exigido somente para a montagem dos trilhos da mini ferrovia, segundo Arnaldo Bottan]. Compreende-se o custo mínimo de R$ 1 mil por apresentação [Mai. 2011], à parte o frete ou “carreto”.

Adepto do live steam desde a adolescência, em mais de 60 anos de ferreomodelismo Déo construiu apenas três locomotivas, o que mostra outro aspecto característico desta modalidade do hobby — muito trabalho e longos prazos.

E teve com quem aprender, naqueles anos em que mesmo a mini ferrovia elétrica era rara no Brasil — seu pai, proprietário de uma fábrica de brinquedos em Belo Horizonte e professor na escola de engenharia (embora autodidata), construiu uma locomotiva a “vapor vivo” em 1921. Este é o quarto ferreomodelo de sua coleção.

Referências

• Vídeo-reportagem de Francisco Tampieri e Carlos A. R. Alvarenga, Belo Horizonte, 4 Mai. 2011
• “História de sucesso”, seção “Modelismo” da Revista Ferroviária, Dez. 1989

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