Centro-Oeste n° 26 — jul-1989
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Arnaldo e Pedro Luiz Bottan nasceram e foram criados em Lençóis Paulista, às margens da Sorocabana, e locomotivas a vapor sempre foram sua atração irresistível, nas décadas de 50 e 60.
Além disso, seu avô regulava e conhecia bem as máquinas estacionárias, a vapor, dos engenhos de pinga da região. Desde os tempos de estudante, Arnaldo se divertia construindo pequenas máquinas estacionárias a vapor, apresentadas nas feiras de ciências escolares.
Já em São Paulo, onde há 19 anos trabalha na General Motors, tomou conhecimento do hobby (mini-locomotivas a vapor, chamadas live steam) ao ver nas revistas Model Engineer Trains e The Magazine of Railroading as fotos de diversas mini-ferrovias inglesas. Foi paixão fulminante, e só muito tempo depois veio a conhecer o modelismo em escalas menores, movido a eletricidade.
Embora goste de passar de vez em quando no Lupatelli para ver as novidades, mantém-se apenas no live steam. Afinal, não é fácil manter esse hobby, quanto mais 2 hobbies.
Na GM, Arnaldo encontrou uma fonte inesgotável de dicas e orientações sobre usinagem, fundição etc., através dos colegas dessas áreas, e rapidamente convenceu o irmão Pedro Luiz, bancário, a participar também do hobby.
Ficha técnica | |
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Peso - Locomotiva | 72 kg |
Peso - Tênder | 30 kg |
Comprimento - Loco | 1.000 mm |
Comprimento - Tênder | 800 mm |
Largura | 202,0 mm |
Bitola | 90 mm |
Capacidade de água - Loco | 4,5 litros |
Capacidade de água - Tênder | 14 litros |
Alimentação de água | Bomba injetora |
Material do tanque | Latão |
Diâmetro das rodas motrizes | 108 mm |
Diâmetro das rodas guia | 50,8 mm |
Diâmetros das rodas da cabine | 50,8 e 63,5 mm |
Truques - Tênder | 3 eixos |
Diâmetro das rodas | 50,8 mm |
Pressão de trabalho | 5,6 a 6,3 kg / cm2 |
Esforço de tração | +/- 15 kg |
Curso dos embolos | 50,8 mm |
Diâmetro dos cilindros | 41,2 mm |
Diâmetro das gavetas cilíndricas | 22,0 mm |
Diâmetro da caldeira | 140 mm (com superaquecedor e sifão Nicholson) |
Combustível | Carvão vegetal ou lenha |
Lubrificação | Mecânica (1 lubrificador para os 2 cilindros, óleo Shell Valvata) |
Mancais - Loco | Buchas de bronze |
Mancais - Tênder | Rolamentos (de esferas - duplos) |
Freios - Loco | A vapor (rodas motrizes) |
Freios - Tênder | Mecânicos |
Rodas | Tipo floral |
Número de tubos (cobre) | 22 (20 de fumaça e 2 para superaquecedor) |
Edson Salvador Trovó, ex-aeromodelista formado em propaganda e marketing, amigo dos irmãos Bottan, aderiu ao novo hobby há cerca de 8 anos, quando fez um motor estacionário a vapor sob a orientação de Arnaldo. Daí por diante, se animou e já partiu para a construção de suas próprias locomotivas.
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Além do investimento em equipamento como torno, freza, furadeira, forno de fundição etc., adquiridos quando possível em ferro-velhos — hoje eles acham difícil quantificar o investimento total, pois o processo vem há vários anos —, os três live steamers encontraram outras dificuldades. Uma delas, o dispêndio das horas destinadas ao descanso, pois, nem por ser um hobby, deixa de ser trabalho pesado. A construção de uma loco pode levar 2 a 3 anos, desde a definição da bitola e a produção do chassi, rodas e caldeira, até o retoque final. As diferenças nos horários de cada um têm de ser contornadas. Na construção da primeira loco, Arnaldo trabalhava à noite e, ao terminar, deixava por escrito as instruções para o irmão prosseguir de manhã, antes de ir para o banco.
Por fim, a dificuldade de obter as plantas detalhadas e completas — ou os materiais indicados pelas publicações estrangeiras — tem exigido uma série de adaptações nos projetos originais, o que prejudica a reprodução exata dos protótipos estrangeiros. Quanto a reproduzir protótipos nacionais, a dificuldade pode ser ainda maior — afinal, onde obter as plantas detalhadas? Aqui, não se trata apenas de detalhes externos para modelar em estireno, mas sim, detalhes operacionais internos, fundamentais.
Atualmente, os live steamers estão construindo uma Mikado, possivelmente com a caracterização externa da Sorocabana, o que ainda não está decidido.
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