Centro-Oeste - Trens, ferrovias e ferreomodelismo
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Detalhe da locomotiva a "vapor vivo"
Detalhe da máquina antes da sessão de operação de 1° Abr. 1989. Foto de Marcos Ahorn

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Ferreomodelismo live steam
Uma aventura de volta
ao tempo do vapor

Marcos Ahorn
Centro-Oeste n° 26 – Jul. 1989

No dia 31-março, o Arnaldo Bottan ligou avisando que no dia seguinte ia expor uma de suas locomotivas na R. Guaicurus, na Lapa. O lugar era um frigorífico desativado, onde estava ocorrendo a inauguração do "Museu de Automoveis Antigos e Antiguidades Mechanicas de São Paulo". O nome pomposo, na verdade, destoava da maneira improvisada do todo. Ah, Brasil... Não preciso dizer que tinha gente pintando paredes, telhas faltando etc. Havia vários carros antigos incríveis e o nosso amigo e seu irmão Pedro Luiz haviam montado uma linha reta, com um desvio para abastecer a locomotiva de água, na plataforma de carga / descarga.

Eu ainda estava dentro do museu olhando os carros, quando vi um sujeito de boné correndo atrás das filhas. Me deu um estalo - será o Arnaldo?

Era.

Vai daí, ele me levou para ver a locomotiva e os vagões. Olha, para quem é fanático por mecânica fina, é um prato cheio. A locomotiva, em especial, é um serviço de mestre.

O que mais me impressionou é que não somente o funcionamento básico da máquina (4-8-4) é igual ao das verdadeiras, como também o freio funciona a vapor, a bomba de água do tênder para a caldeira funciona a vapor, os purgadores dos cilindros... É de ficar de boca aberta.

O Arnaldo disse que já enviou algumas fotos, então resolvi mandar esta foto com os detalhes das braçagens. Está vendo a caixinha preta com uma alavanca, embaixo do passadiço? Pois é a bomba de óleo para lubrificação dos cilindros, e funciona!

O Arnaldo ainda não havia ligado a máquina, então deu para conversar pra xuxu. Lá pelas 15h30, chegou a hora H - ligar a locomotiva. Foi só aí que se percebeu que não havia tomada de 110 V, só 220 V. Acontece que é necessário ligar uma espécie de venturi na chaminé, o qual é soprado por um aspirador de pó. Desta forma, forçam-se os gases quentes da fornalha a passarem pelos tubos que traspassam a caldeira, até sair pela chaminé. Depois que já se formou pressão na caldeira, o escape do vapor dos cilindros executa essa tarefa de sucção (chamada tiragem), quando a máquina está em movimento; e uma saída especial de vapor controlada por um registro na cabine (ventilador), quando a máquina está parada.

Enquanto alguém saía correndo atrás de outro aspirador (para ligar os dois em série), o Pedro e o Arnaldo começaram os preparativos. primeiro, encher o tênder com água, usando uma "caixa d'água" feita por eles. A seguir, bombeia-se manualmente a água do tênder para a caldeira. A bomba fica dentro do tênder e, para acioná-la, usa-se uma alavanca especial. Quando o nível d'água na caldeira está correto (há um indicador de nível, de vidro, na cabine), chega a hora de pôr combustível na fornalha e acendê-la.

O combustível, no caso, é carvão de lenha e uns pedacinhos finos de madeira. Joga-se um pano embebido em álcool dentro da fornalha e acende-se.

Aí, entra a habilidade de quem está com o aspirador lá na chaminé. O fluxo de ar não pode ser muito forte para não apagar o fogo.

Tudo Ok, é só ficar de olho no minúsculo manômetro (dentro da cabine) e ir jogando mais um pouco de carvão na fornalha.

Muita gente não acreditou, ao ver a máquina andando e apitando. Nos 5 pequenos vagões, revezavam-se não só crianças, como também marmanjos, o que não fazia a menor diferença para a locomotiva, que puxava / empurrava a composição com a maior facilidade.

No outro sábado, fiz uma visita ao Arnaldo e conheci sua pequena oficina. É incrível o que ele consegue fazer com um torno, furadeira de bancada e frezadora. Pude ver lá o chassi da Mikado que eles estão começando a construir, e modelos das peças que eles fundem. Pois é, os truques, engates etc. são fundidos por eles, em ferro!

   
  

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