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Ferreomodelismo live steam
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A modalidade de ferreomodelismo denominada live-steam — do inglês, live = vivo, e steam = vapor —, é muito pouco conhecida em nosso País.
Hobby típico de países desenvolvidos — principalmente os de língua inglesa, onde atinge altíssimo grau de perfeição técnica —, trata-se de verdadeiras mini-ferrovias ao ar livre, por onde trafegam pequenos trens tracionados por locomotivas a vapor que, dependendo da escala, podem transportar passageiros 1:1, isto é, pessoas de verdade.
Enquadram-se na categoria das chamadas "ferrovias de jardim" (garden railways) — que também inclui trens movidos a eletricidade.
Os trilhos podem ser instalados ao nível do solo, ou elevados — neste último caso, oferecem melhor equilíbrio nas menores bitolas, devido ao rebaixamento do centro de gravidade, pois tanto o maquinista — que também é foguista —, quanto os passageiros, viajam como que a cavalo sobre o trem, em pequenos vagões-prancha com o formato de sela.
Este formato, além de oferecer maior segurança, evita que os baixinhos tenham acesso às rodas e trilhos, com suas pequenas mãozinhas irrequietas...
Em contrapartida, essa construção elevada — mais ou menos 60 cm acima do solo — não permite facilidades para a operação de AMVs ("desvios").
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Nas bitolas maiores, todas as linhas são ao nível do solo, pois já permitem um equilíbrio melhor.
Dentre as bitolas — há muito tempo padronizadas —, as mais comuns são de 2-1/2'' (63 mm), 3-1/2'' (88,9 mm), 5'' (127 mm), 7-1/4'' (184,15 mm) e 9-1/2'' (241,3 mm).
Logicamente, as escalas são bem maiores do que a HO, girando em torno de 1:10 a 1:20.
Na realidade, são escalas definidas em proporções de tantas polegadas no modelo, por cada pé no protótipo.
As locomotivas são as estrelas do espetáculo, recebendo do modelista — na medida do possível — toda a atenção, no que se refere à fidelidade ao protótipo.
O mesmo, nem sempre acontece com o resto do material rodante, onde se exige apenas que tenha construção robusta e segura, pois irá transportar carga bem acima da escala.
Isso também vale para a via permanente, onde é comum lançar-se mão de materiais de serralheria encontrados no comércio.
Só os clubes mais abonados possuem trilhos com seção (perfil) de formato realístico — e, ainda assim, extrudados em liga de alumínio.
Em seus países de origem, o live-steam conta com uma infraestrutura industrial e comercial, juntamente com grande quantidade de livros e revistas exclusivas sobre o assunto.
As revistas mais conhecidas são:
No Brasil — ao contrário do que já acontece com a escala HO —, não temos infraestrutura, nem industrial, nem comercial, nem editorial.
Os poucos ferreomodelistas que se aventuram na modalidade live-steam, ou têm que importar o material, ou fabricá-lo artesanalmente, como é o nosso caso.
Outro grande problema é que os live-steamers verde-amarelos — além de serem em número insuficiente para formar a massa crítica (abaixo da qual, nenhum hobby deslancha) — também não têm acesso fácil à literatura especializada, o que leva a erros crassos.
O erro mais grave, a meu ver, é a construção fora das bitolas padronizadas no resto do mundo.
Nada impede que o modelista crie sua própria bitola e escala, mas as vantagens da padronização são óbvias.
Além disso, a falta de uniformidade dificulta a formação de clubes.
Um fato digno de nota, é que não existe uma divisão nítida entre ferreomodelismo de maquete e live-steam.
As menores escalas desta última modalidade, interpenetram-se com as maiores escalas da primeira — existem até alguns loucos que conseguem construir locomotivas live-steam para HO, o que, descontando o aspecto sujeira, deve ser um barato!
Disse, um pouco acima, que as vedetes são as locomotivas, diferentemente do que acontece no HO, onde o modelista procura atingir a perfeição em tudo, da paisagem até os logotipos dos vagões.
Não é que isto seja deixado de lado no live-steam (nome chato, não? Vamos criar um nacional?). É que a construção de uma locomotiva — mesmo partindo de kits comerciais semi-usinados, consome tanto tempo do modelista, que não sobra muito para veleidades paisagísticas.
Imagine o que é, construir longeirões, cilindros, rodas, braçagens, caldeira, cabine, tênder etc.
Por isso, o praticante trata de extrair o máximo — digamos assim — prazer construtivo, da própria montagem em si.
Ficar uma locomotiva 3 ou 4 anos no cavalete de montagem, é coisa comum. Paciência, pois!
O comichão nas mãos para jogar o primeiro pau de lenha na mini-fornalha é deveras forte, bem como para sentir o desempenho da locomotiva, se terá boa aderência, se irá vaporizar bem — principalmente quando se trata de projeto do próprio autor.
Quando o projeto é de um dos cobras no assunto — por exemplo, Martin Evans ou Hozo Hiraoka —, é quase certo o bom desempenho. Eles são bons mesmo, no assunto.
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