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Para uma história do ferreomodelismo no Brasil
A destruição dos moldes
da Miniaturas Artesanais
Flavio R. Cavalcanti - Outubro de 2010
No segundo semestre de 1988, o Centro-Oeste recebeu uma consulta sobre o valor de um anúncio que jamais gostaria de publicar a sociedade da Miniaturas Artesanais havia se desfeito, e haviam sido destruídos os moldes para injeção em plástico das pequenas "estruturas" decorativas para maquetes de ferreomodelismo. A pessoa que fazia a consulta afirmava deter o último estoque existente das "estruturas", e desejava desfazer-se dele de preferência, tudo de uma só vez, para o lojista que chegasse primeiro.
Dinheiro era o que menos me interessava àquela altura, o Centro-Oeste continuava sendo sustentado por outro trabalho, paralelo , e propus receber o pagamento em "estruturas", tabela por tabela. A parcela correspondente do estoque poderia ser retirada na Confeitaria Colombo (se não me engano), onde trabalhava o insólito anunciante. Com isso, pelo menos uma parte das "estruturas" permaneceu acessível aos ferreomodelistas de qualquer parte do Brasil, durante mais algum tempo. Nunca soube se o anunciante conseguiu vender tudo de uma só vez. Tenho a impressão de que a Strambi & Frenhi chegou a anunciar esses itens, mas não tenho certeza.
Quatro anos depois, soube que a Minitec havia iniciado a produção de figuras humanas (fundidas em metal e pintadas à mão) para decoração de maquetes, tanto na escala HO (para ferreomodelismo) quanto na escala 1:50 (arquitetura), conforme noticiado no Centro-Oeste n° 68, de Julho de 1992. Supria assim a lacuna deixada pela extinta Hobbylândia / Modeltrem / Model (embora o Alfredo Teixeira ainda estivesse na ativa, em Teresópolis). Algum tempo depois, a Minitec anunciava o lançamento também de "estruturas" injetadas em plástico, suprindo assim a lacuna deixada pela Miniaturas Artesanais / Minnie-Franco.
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