EF Goiás - 1950-1954
Estação de Goiânia: nunca inaugurada

Flavio R. Cavalcanti - 20 Mar. 2020

A inauguração da estação ferroviária de uma capital como Goiânia é um evento impossível de ser escondido, — e se tivesse acontecido, pesquisadores da UFG, da UCG, do IFG, da PUC-Goiás ou das demais universidades, faculdades e institutos já o teriam localizado nas coleções dos jornais, revistas, almanaques e outras publicações da cidade na década de 1950, — sem falar nos livros, relatórios da RFFSA, DNEF etc.

As informações encontradas até o momento, são:

19 Maio 1950 - Chegada dos trilhos ao local da estação

Setembro 1950 - Primeira viagem experimental de trem de passageiros de Araguari a Goiânia

7 Setembro 1950 - Data atribuída pelo DNEF à inauguração do trecho de Leopoldo de Bulhões a Goiânia

Novembro 1950 - Segunda inauguração do trecho

18 Janeiro 1951 - Aprovado crédito para liquidar os pagamentos da conclusão do trecho

Março 1951 - Relatório de Mauro Borges (com fotos) mostra o trecho “posto em tráfego no início deste ano”:

g) Novo trecho Leopoldo Bulhões - Goiânia: - O novo trecho posto em tráfego no começo deste ano, tem uma série de pontos críticos, tais como os cortes dos km 365 e 407 a 423, que estão com a linha enterrada na lama, pois a drenagem é precária e está continuamente prejudicada em sua função pela queda de enormes barreiras. Essas quedas têm se dado devido à falta de rampamento adequado dos cortes, alguns com mais de 20 m de altura, com perfil de rampa curvo ou mesmo de aprumada muito aquém do exigido pelo plano de escorregamento do terreno, com tendência de desmoronamentos constantes, provocando demoradas interrupções de tráfego.

11 Novembro 1952 - Chegada do primeiro trem noturno de passageiros, segundo placa na estação de Goiânia, às vezes citada como “inauguração”

Fevereiro 1954 - Relatório de Mauro Borges dá a existência da estação como fator para transferir a sede da EFG de Araguari para Goiânia:

8 - Existência de uma estação nova capaz de abrigar, em excelentes condições, a Divisão de Transporte e órgãos subordinados;

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A antiga linha férrea de Goiânia. De símbolo da modernidade à obsolescência. Simone Buiate Brandão, Goiânia, UFG, 2017

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