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    EFMM - Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

A volta da automotriz MAN n° 24
Partida


Motriz na estação de Antonina, antes da partida
  
Texto e mapas:
Raul Carneiro Neto
Fotos: Luiz Felipe Gabriel Elias

Continuamos com os preparativos enquanto aguardávamos a chegada de um cargueiro vindo de Morretes em direção ao porto de Antonina. Só entraríamos na linha quando as G22 que o rebocavam retornassem para Morretes e o pessoal de lá nos liberasse o trecho.

Aguardávamos a composição da ALL a aproximadamente 100 m da estação, junto à primeira chave do triângulo de reversão, quando vimos a primeira "fumegada" do motor Cummings. Uma maravilha (parecia uma máquina a vapor...). Logo depois chegava o cargueiro vindo de Morretes, que entrando pela alça da direita do triângulo de reversão, atingiria o ramal do Matarazzo para no final chegar à pêra do porto de Antonina, 3 km adiante.

Ainda esperando a liberação da linha fomos almoçar na lanchonete da estação, quando então apareceram as G22 retornando do porto.

Com o reservatório de ar completo, freios regulados e diesel no tanque, partimos para o trecho. O "tesão" era tanto, que ninguém lembrou de anotar o horário de saída. Quando já estávamos rodando havia algum tempo é que alguém perguntou, mas fica valendo a estimativa de 14h45 ou 15h para o horário de saída.

  

Toninho voltando aos velhos tempos...

Como a população perdeu o hábito de ver trens nestes trilhos, achamos prudente e mais seguro mandar o auto de linha na frente como "batedor". Saímos da estação passando pelo triângulo que dá acesso ao porto, para começarmos a nos esconder por trás das casas, vencendo duas curvas e ganhando o retão do cemitério para embalar antes da subida do Machadinho, já na saída de Antonina. Este é um trecho de mais ou menos 1 km onde a linha faz uma curva fechada à esquerda e depois à direita em uma rampa muito forte. Como já havíamos visto as Mikado 155 e 157* patinando muito naquele trecho, ficamos surpresos com a força do motor e o "grip" das rodas do único eixo de tração da motriz. A subida foi fácil.

(*) - A 157, de saudosa memória. Agora ela está em um ferro-velho, apesar dos nossos repetidos pedidos junto à RFFSA visando sua preservação. Na época ainda não éramos ABPF. Infelizmente a ignorância e as "forcas ocultas" venceram.

A volta da MAN n° 24
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