Ferreomodelismo
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No CO-80, li com interesse que o Amaury Cascapera construiu um modelo HO da V-8, nas cores da Cia. Paulista de Estradas de Ferro (CPEF), sobre chassi, truques e motorização da GG-1 comercializada pela IHC. O Alexandre Garcia (não é o da Globo) emprestou-me um modelo da GG-1 nas cores da Amtrak — corpo prateado com faixa azul, vermelho nas extremidades — produzido pela Rivarossi (Itália) para a AHM. Pedi este modelo emprestado para avaliar o seu desempenho na minha maquete (CO-65), e analisar a possibilidade de adquiri-lo diretamente do exterior. Se o fizer, porém, comprarei o modelo fabricado pela 4M para a IHC, pois custa entre US$ 37,95 e US$ 43,99 nas lojas que anunciam na Model Railroader — enquanto o modelo Rivarossi / AHM custa US$ 119,98. O modelo Rivarossi / AHM que tenho em mãos mede cerca de 27,5 cm entre as extremidades dos pilotos; cerca de 13,2 cm entre os eixos das rodas motrizes extremas; cerca de 3,6 cm de largura total do corpo; cerca de 8,2 cm de altura total com o pantógrafo levantado; e cerca de 5,1 cm de altura máxima do corpo exceto pantógrafos. Minha mini-ferrovia possui curvas com raios de 41,8 cm (ref. 4219) e de 48,2 cm (ref. 4166 / 4083). Apesar da rodagem 2-C+C-2 e de seu grande comprimento, o modelo portou-se muito bem nas curvas e não houve descarrilamentos. Usei o Controlador simples Frateschi CT-5300, e o modelo já corria rapidamente pelas linhas com o botão na segunda marca. Com o Controlador a meia potência, a GG-1 disparava pelos trilhos com uma velocidade incrível. |
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O motor é silencioso, é mais fácil ouvir o ruído das rodas do que o dele. Para o teste, usei os próprios engates X2f horn-hook de fábrica. Peguei um carro-bagagem da Frateschi, e retirei a haste do truque com o engate original. Instalei um engate X2f na caixinha de um Kadee n° 5, e fixei-a no corpo deste carro. Não houve desengates ou descarrilamentos, em nenhuma das velocidades — a máxima que experimentei foi a 3/4 da potência total do CT-5300. Notei que os frisos (flanges) das rodas deste modelo não são propriamente do tipo RP-25. Parecem mais com os frisos dos modelos europeus, e da Frateschi brasileira. Só um dos truques é motorizado, e parece-me que a captação de energia dos trilhos se dá somente através dele. Quando girei o botão do Controlador pela primeira vez, o modelo deu alguns soquinhos, e depois pegou velocidade. Nas outras vezes, não houve mais soquinhos. O modelo parece não ter volantes de inércia — não abri — , mas passa bem sobre os AMVs, sem falhas de alimentação. É bom notar que 6 dos 8 AMVs da minha maquete receberam alimentação adicional, através de fios soldados ao lado externo dos trilhos. Os 2 longeirões do modelo possuem — cada um — 1 truque de rodas-guias, com 2 eixos; e 1 truque C. Cada longeirão gira pelo centro — independente do outro —, de acordo com as curvas da linha. Os pantógrafos são muito bem feitos e possuem molas para mantê-los levantados. Quando abaixados, fixam-se em pequenos pontos. Pessoalmente, se eu tivesse um modelo como este, não me preocuparia em fazer rede aérea, pois minha maquete é guardada em pé atrás do armário. Só o modelo, já me satisfaria. Não experimentei a GG-1 nas grades de raio = 36 cm (ref. 4188). Mas gostei muito dos resultados. Concluí que é possível a inscrição de um modelo de locomotiva 2-C+C-2 nas curvas de nossas maquetes, e gostaria — agora mais do que nunca — que a Frateschi realmente projetasse e produzisse um modelo da nossa tão famosa e tão reivindicada V-8, nas cores da CPEF (2 pinturas), Fepasa (idem), EFCB (idem) e RFFSA. Tenho a certeza de que seria muito bem recebida pelos ferreomodelistas brasileiros, e poderia até ser exportada para os EUA nas cores da New Haven, que possuiu locos muito semelhantes. |
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