Ferreomodelismo
Testando locomotivas estrangeiras — II

Entretanto, apresentou problemas de desempenho pois, na minha opinião, não foi projetada para rodar em maquetes com curvas tão fechadas (raios de 36 e 42 cm).

Todas as rodas motrizes possuem frisos, sendo que algumas saltavam dos trilhos, ao tentarem inscrever-se nas minhas curvas. Além disso, notei um grande desalinhamento das rodas em relação aos respectivos eixos, soltando-se com facilidade. Por diversas vezes, as rodas prenderam. Na minha opinião, a engrenagem é que prendia, fazendo com que a loco não saísse do lugar.

Realinhei as rodas e, com a escala, ajustei a bitola em aproximadamente 14,5 mm. Além disso, as rodas têm um jogo lateral para inscrição nas curvas, mas acredito que não o suficiente para curvas tão fechadas.

Consegui rodar a loco na maquete, por várias vezes, mas depois de algum tempo as rodas prenderam de novo e não consegui destravá-las, mesmo lubrificando as engrenagens com óleo fino, aplicado com uma agulha hipodérmica.

A máquina já foi devolvida a seu proprietário, que dispõe de mais recursos para sanar o problema.

Jupiter (American 4-4-0) Bachmann

Esta loco é réplica daquela famosa máquina — se não me engano, da Union Pacific — que inaugurou a linha transcontinental dos Estados Unidos, no século passado.

É muito bonita, vermelha e prateada. Entretanto, por suas reduzidas dimensões, é muito leve, com pouca aderência e tração limitada. Escoteira (sozinha), até que anda bem na maquete, e tem boa velocidade.

O farol tem uma luz até forte, mas notei freqüentes faiscamentos nas rodas-guia e nas rodas do tênder — todas as rodas da loco e do tênder captam energia. Após uma pequena limpeza, os faiscamentos terminaram.

Também por causa do seu reduzido peso, as rodas-guia às vezes saíam dos trilhos nas curvas. O contorno das rodas, naturalmente, é tipo RP-25.

Tanto esta loco, quanto a 4-8-4, vieram com engates X2f apenas no tênder, para engatar vagões. Os engates frontais são figurativos (não-operacionais).