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Como focar ferreomodelos em HO?

Centro-Oeste n° 72 (1°-Nov-1992)

Terminei a "reforma" de uma G-22U que eu havia confeccionado a partir de uma sugestão aparecida num dos primeiros Informativos Frateschi (IF-1).

Utilizando algumas peças da G-22U atualmente produzida pela Frateschi — e que na época não existia —, foi possível melhorar bastante o aspecto da "minha" G-22U.

Outro serviço recente foi uma GT-26 da Vitória a Minas (EFVM / Vale), a partir de uma locomotiva da marca italiana Lima, modelo baseado num protótipo da África do Sul.

Pintei uma GE 70 ton Bachmann, nas cores da CSN, o que foi relativamente fácil, pois o único serviço efetuado foi um pequeno ajuste nas laterais dos truques.

Para poder publicar esses trabalhos, eu gostaria de fotografar os modelos, porém, sempre tenho me deparado com um problema: — Apesar de fotografar sempre a céu aberto, com luz natural, não consigo a necessária profundidade de campo.

Já ouvi falar algo, a respeito de certas técnicas para esse fim, porém gostaria que você conseguisse informações mais detalhadas, com algum modelista que tenha experiência nessa área (Nilson Rodrigues, SP/SP).

Socorro!

Aí está, Nilson. Vamos ver se aparece um "cobra" para dividir conhecimentos com a gente.

Enquanto isso, chamo atenção para aquelas pequenas dicas que o CO tem publicado, e que talvez possam ser úteis para vários novos leitores:

Profundidade de campo: – Faixa nítida (clara) onde os detalhes já estão ou ainda estão em foco. Na área escura, os detalhes perdem nitidez.

  

Diafragma mais aberto: – Menor profundidade de campo. Partes da cabine ficam fora de foco.

Diafragma mais fechado: – Maior profundidade de campo. Cabine totalmente em foco.

Profundidade de campo: – Com o diafragma mais fechado, aumenta a faixa (clara) onde os detalhes são captados com nitidez. Obviamente, o foco é mais perfeito no ponto exato da distância focal (D).

Profundidade de campo — Quando focamos um ponto a 1 metro de distância, é possível que outros pontos — digamos, de 90 cm até 1,1 metro de distância — também estejam em foco.

Essa faixa — 20 cm de profundidade, no nosso exemplo — é o que se chama "profundidade de campo".

A profundidade de campo diminui rapidamente, quando focalizamos distâncias muito pequenas.

Para enquadrar a cabine de uma locomotiva HO — mostrando bem os detalhes —, precisamos chegar a distâncias tão pequenas como 15 ou 20 cm.

O nariz curto da locomotiva — 2 cm mais perto — já poderá estar fora de foco.

Precisamos, então, aumentar a profundidade de campo.

Diafragma — É formado por palhetas móveis, proporcionando maior ou menor abertura — como a pupila do olho humano —, para entrar mais ou menos luz na câmara fotográfica.

Não confunda com o obturador, que "dispara" ao batermos a foto. A velocidade com que ele torna a fechar — "obturar" —, também permite entrar mais luz (mais tempo), ou menos luz (menos tempo).

Quanto menor a abertura, maior a profundidade de campo.

A menor abertura, no seu equipamento, pode ser F/16. Se for F/23 ou F/32 — menores ainda —, melhor.

Escolha a menor abertura possível.

Balanço — É preciso dosar a luz que atinge o filme, balanceando abertura de diafragma X velocidade do obturador (tempo de exposição).

No nosso caso, interessa manter o diafragma na menor abertura. Então, precisaremos trabalhar com o obturador em baixas velocidades — maior tempo de exposição.

Tripé — Ao fixar o diafragma na menor abertura — F/16 a F/32 —, é comum que a exposição tenha de superar 1/30 de segundo — tempo demais, para segurar a câmara com as mãos.

Daí, a necessidade de usar tripé e cordão disparador — você ajeita tudo mas, na hora H, não encosta a mão.

Sol X Luz do céu — Fotografar a céu aberto, nem sempre é o ideal.

Se houver muita luz difusa, pode faltar contraste (sombra) para denunciar o relevo do modelo.

Se houver excesso de luz solar direta, o jogo de sombras pode perder sua utilidade — escuro demais num lado, e nenhum detalhe no outro.

Um quarto onde entra sol pela janela, pode proporcionar uma iluminação mais bem definida. Os melhores momentos são de manhã cedo, e no final da tarde, quando o sol está baixo, e sua luz incide com boa inclinação.

Equipamento — Essas dicas aplicam-se a câmaras mono-reflex.

Não basta encostá-la a 15 cm da sua locomotiva G-22U — é preciso que o equipamento aceite uma distância tão pequena.

Isso pode ser conseguido a um custo pequeno, usando lentes Close-Up — geralmente indicadas como +1, +2 e +3. Pode-se acoplar uma ou várias dessas lentes, atarrachando primeiro as de menor valor númerico.

Por um custo bem maior, pode-se trocar a objetiva "normal" por uma "macro" — apropriada para fotografar micro-objetos.

Há objetivas "macro" que também funcionam como objetiva "normal".

Progressão geométrica

A tabela a seguir dá uma idéia geral da relação entre a abertura do diafragma e a profundidade de campo. Os dados são empíricos, baseados nas indicações inexatas (analógicas) do próprio equipamento fotográfico.

Abertura
F/4
F/8
F/16
Distância
3 m
2,6 a
4 m
-13% a
+33%
2,1 a
6 m
-30% a
+100%
1,6 m a
infinito
-47% a
+ infinito
2 m
1,7 a
2,3 m
-15% a
+15%
1,5 a
2,9 m
-25% a
+45%
1,3 a
5 m
-35% a
+150%
1 m
92 a
108 cm
-8% a
+8%
90 a
115 cm
-10% a
+15%
80 a
135 cm
-20% a
+35%
34,5 cm
34 a
35 cm
-1,5% a
+1,5%
33,5 a
35,5 cm
-3% a
+3%
33 a
36 cm
-4% a
+4%

Salta à vista, a dificuldade de obter suficiente profundidade de campo em fotos tiradas a 15 cm — distância focada apenas com lentes +2 e +3.

Na prática, limito-me a usar sempre abertura F/16 — a menor de que disponho — e apelar para velocidades próximas de 1 segundo de exposição.

Não fica nenhuma obra de arte, mas tem sido suficiente para mostrar detalhes da maioria dos modelos HO que já fotografei (FRC).

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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