Guindastes ferroviários no Brasil: protótipos & modelos
V - O Trem de Socorro
Guindastes ferroviários no Brasil
Eduardo J. J. Coelho
SPMT / Centro-Oeste, 1994
Embora o guindaste seja o maquinário principal dos serviços de socorro, é sempre necessário transportar junto com ele a sua equipagem e uma série de acessórios e ferramentas especiais.
Como é comum haver danos na via permanente, no caso de descarrilhamentos, uma turma especializada nestes reparos é também necessária, muitas vezes para montar uma linha provisória para o próprio guindaste poder trabalhar no local do acidente.
Para o transporte do pessoal, é comum a utilização de antigos vagões de carga fechados, convertidos para dormitórios, caracterizados pelas pequenas janelas laterais em níveis diferentes.
Antigos carros-salão, bagagem e restaurante podem ser encontrados em trens de socorro, muitas vezes preservando-os por mais algum tempo, como é o caso por exemplo de alguns dos carros do antigo Cruzeiro do Sul da Central.
Para viagem, o guindaste é sempre engatado a uma prancha, que serve de apoio para sua lança. Esta prancha, conhecida como madrinha, serve também para levar truques extras para vagões a serem recarrilhados.
A posição relativa destes carros e vagões, no trem de socorro, é determinada pela natureza do serviço a ser executado, devendo o guindaste ir obviamente à frente, no trecho próximo ao do acidente.
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