Centro-Oeste - Trens, ferrovias e ferreomodelismo
Ferrovias | Mapas | Estações | Locomotivas | Diesel | Vapor | Elétricas | Carros | Vagões | Trilhos Urbanos | Turismo | Ferreomodelismo | Maquetes ferroviárias | História do hobby | Iniciantes | Ferreosfera | Livros | Documentação | Links | Atualizações | Byteria | Mboabas | Brasília | Home
  
   
   
Locomotiva a vapor número 233 da antiga ferrovia RMV
Locomotiva a vapor 4-6-0 n° 233 da antiga RMV

Ferrovias

• Estrada de Ferro Goiás - 30 Jul. 2018

• GE U23C nº 3902 RFFSA - 8 Out. 2017

• Litorinas Budd RDC no Brasil - 27 Set. 2017

• Fases de pintura das English Electric EFSJ / RFFSA - 2 Mai. 2017

• A Velha Senhora no trem da Luz a Paranapiacaba (1985) - 22 Fev. 2017

• Trens especiais Curitiba - Pinhais (1991) - 29 Nov. 2016

  

Bibliografia

• A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016

• Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015

• Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015

• The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015

• História do transporte urbano no Brasil - 19 Mar. 2015

• Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015

• Batalhão Mauá: uma história de grandes feitos - 1º Dez. 2014

• Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014

• A Era Diesel na EF Central do Brasil - 13 Mar. 2014

• Guia Geral das Estradas de Ferro - 1960 - 13 Fev. 2014

• Sistema ferroviário do Brasil - 1982 - 12 Fev. 2014

  

Ferreoclipping

• Livro sobre a GWBR em João Pessoa e Recife - 12 Mai. 2016

• Museu Ferroviário de Natal - 25 Abr. 2016

• Passagens e calendário do trem turístico Ouro Preto - Mariana | Percurso - 20 Dez. 2015

• Passagens e descontos do Trem do Corcovado | Onde comprar - 12 Dez. 2015

• Estação Pirajá completa a Linha 1 do Metrô de Salvador - 28 Nov. 2015

• Metrô DF direciona 2/3 dos trens para a Ceilândia - 27 Ago. 2015

• EF Campos do Jordão | Horários | Hospedagem - 15 Jul. 2015

Programação de Corpus Christi nos trens turísticos da ABPF Sul de Minas - 25 Mai. 2015

Passagens do trem para Vitória esgotam-se 15 dias antes do feriado - 22 Mar. 2015

  
   

E por falar em Angra...
Desdobramento de trens na serrra

Délio Araújo
Centro-Oeste DC-14-15 — Jun. 1991

O companheiro Eliezer Magliano informa, no DC-12/13, que a viagem de Angra dos Reis a Barra Mansa pode levar até 6 horas.

No sentido contrário, de Barra para Angra, cheguei a fazer o percurso em 4h30min, num trem de gusa, com parada em Lídice para "cortar" o trem e deixar, ali, a metade dos vagões. Depois, a tração voltava à escoteira (sozinha), de Angra a Lídice, para descer com a outra metade.

Isto se dava lá por 1967/1968, e o tráfego era intenso. Entre os mistos (que ainda circulavam), cargueiros, guseiros e trigueiros, o trecho da serra, de Lídice a Angra, chegava a ter 10 ou mesmo 12 trens nos 2 sentidos — por causa da divisão dos trens em Lídice, quando eram compridos e pesados.

Para subirem para Volta Redonda, os trens de carvão faziam exatamente o contrário — subiam divididos, até Lídice.

Havia 2 trens mistos, de carga e passageiros: Um saía cedo de Angra e o outro voltava à tarde de Barra Mansa. Aos domingos, também havia um que saía cedo de Barra Mansa, cheíssimo, e voltava de Angra à tarde, também lotado.

Devido ao excesso de passageiros, era comum que, em Lídice, se não me engano, retirassem alguns carros do misto que subia, pela manhã, e os engatassem ao domingueiro que descia. A tarde, ocorria o contrário — retiravam carros do misto que descia, e os engatavam no domingueiro que retornava do litoral.

Talvez algum funcionário mais antigo de Angra possa fornecer mais detalhes a esse respeito.

O domingueiro — especialmente na volta — constituía um problema sério. Os turistas voltavam grogues de cerveja, pinga etc. A farra, a algazarra, o desconforto e o desrespeito eram elevados.

Certa feita, um chefe de trem tentou pôr ordem em um grupo formado especialmente por "usineiros" — funcionários da usina siderúrgica de Volta Redonda — e seus familiares. O chefe acabou tendo de ser defendido por outros membros da tripulação do trem e outros passageiros, e teve de ser trancado (mesmo!) no carro do chefe, pois estava jurado de morte. Havia problemas desse tipo e era até necessário recorrer ao Exército ou aos praças que viajavam na composição.

Desdobramento

O motivo do desdobramento das composições em Lídice é que as G-12 só desciam com 11 vagões de 54 toneladas líquidas.

Lembro-me que, no dia 02-dez-1967, desci em um guseiro. Na época, a linha estava bem mantida, pois havia sido recuperada. Não "caía" (descarrilava) trem algum. O maquinista (falha-me o nome) contou-me que o problema grave residia nos vagões de trigo para o Moinho Sul Mineiro, em Varginha, MG. Os vagões não tinham quebra-ondas. O trigo corria, na serra, para a parte mais baixa, sobrecarregando o truque traseiro, desequilibrando o vagão e fazendo-o saltar dos trilhos.

Por essa época, a então Viação Férrea Centro-Oeste tinha até capacidade ociosa — e muita! O chefe da estação era o sr. Orlando Sá Pereira, amante do fumo em corda; por 3 anos, enviei-lhe fumos de Goiás, pois os apreciava muito. O encarregado da ampliação do porto era o sr. M. Pedro Lopes; o administrador do porto era o dr. Camerino — e seu pai, também Camerino Teles de Souza, era dono de uma empresa de armadores.

Também por essa época, estavam montando a ponte rolante destinada a descarregar dos vagões as chapas que deveriam chegar de trem, para o estaleiro Verolme. A ponte foi inaugurada mais tarde e, em 70/Jan, já estava abandonada, após breve uso, pois o asfalto direto Usiminas - Três Rios - Barra do Piraí - Barra Mansa tornou-se mais barato e 3 vezes mais rápido do que o percurso ferroviário — além de já entregar as chapas dentro do estaleiro.

Lá por dez/1967 e jan/1968, ainda havia vaporosas manobrando em Angra. Era delas o domínio exclusivo do trecho estação - porto. Uma era 4-6-0, leve, e a outra era a n° 400, uma 2-8-0, que eu havia conhecido 23 anos antes, como manobreira dos trens de passageiros da RMV em Belo Horizonte.

Dirigi a n° 400 várias vezes, escondido, na capital mineira, devido à amizade com os ferroviários da RMV.

Em 07-mar-1977, a locomotiva 4-6-0 n° 233 estava apagada, no porto, para eventuais manobras, sem o farol dianteiro.

Por volta de 1966, desapareceu a exportação de café por Angra dos Reis. A estatística que o dr. Camerino Filho forneceu, se a memória não me engana, foi de 1,37 milhão de sacas em 1960, decaindo, ano a ano, para 134 mil em 1965 e zero em 1966.

Quanto à linha não-concluída para Mangaratiba, havia um documento, um livro, no convento dos padres carmelitas em Angra, afirmando que a EF Oeste de Minas teve um plano visando chegar ao Rio de Janeiro via Angra dos Reis — assim como a EF Sapucaí pretendera chegar ao Rio por Barra do Piraí. A EFOM chegara, mesmo, a melhorar 200 ou 300 metros do leito abandonado, na direção de Mangaratiba, e também abandonara a empreitada.

No caso da EF Sapucaí, esta comprara a linha Barra do Piraí - Piraí - Passa Três e procurou chegar ao Rio pelo sudoeste, com traçado por onde, hoje, corre a Av. Niemeyer, do Leblon a São Conrado. A Sapucaí e a EFOM poderiam, de mãos dadas, ter seguido uma rota só, ao invés de dividirem esforços.

Quem me direcionou ao livro foi o frei Marcos, superior do convento, na virada de 1967 para 68.

Espero, em breve, acrescentar alguma coisa sobre a eletrificação da VFCO no trecho de Angra.

A SR-2 em Angra dos Reis
Estações | Pátio de Angra | Pátio do Porto
Perfil das linhas | Quadro de Tração | Esquema da SR-2 | Mapa 1984
Passeio no Trem da Mata Atlântica | Desdobramento de trens na serra de Angra
SR2 RFFSA : VFCO : RMV : EFOM...
Esquema das linhas | Perfil das linhas | Quadro de Tração | Locomotivas
Locomotiva n° 233 da RMV | As locomotivas de Divinópolis | As locomotivas Shay da EFOM
Vídeo-documento: O último Trem do Sertão | Vídeo-evocação: Trem do Sertão | Trem de Pirapora
Estações em 1960: RMV | EFG
Mapas: 1984 | 1970 | 1965 | 1960 | 1954 | EFOM 1927 | RSM 1926
Mapas de 1898: EFOM | Muzambinho, Minas e Rio | Sapucaí
Mundos perdidos da República Velha | EF Paracatu não mudou o sertão
Angra dos Reis | Eletrificação | Trem da Mata Atlântica | De Barra Mansa a Lavras
A estação de Brasília | Brasilia em trilhos | VFCO - o Livro | Home VFCO
   

Ferreomodelismo

• Backlight em maquetes de ferreomodelismo - 5 Nov. 2017

• Luzes de 0,5 mm (fibra ótica) - 2 Jun. 2016

• Vagão tanque TCQ Esso - 13 Out. 2015

• Escalímetro N / HO pronto para imprimir - 12 Out. 2015

• Carro n° 115 CPEF / ABPF - 9 Out. 2015

• GMDH-1 impressa em 3D - 8 Jun. 2015

• Decais para G12 e C22-7i MRN - 7 Jun. 2015

• Cabine de sinalização em estireno - 19 Dez. 2014

• Cabine de sinalização em palito de fósforo - 17 Dez. 2014

• O vagão Frima Frateschi de 1970 - 3 Jun. 2014

• Decais Trem Rio Doce | Decais Trem Vitória-Belo Horizonte - 28 Jan. 2014

• Alco FA1 e o lançamento Frateschi (1989) na RBF - 21 Out. 2013

  
  

Bibliografia

• A Gretoeste: a história da rede ferroviária GWBR - 25 Abr. 2016

• Índice das revistas Centro-Oeste (1984-1995) - 13 Set. 2015

• Tudo é passageiro - 16 Jul. 2015

• The tramways of Brazil - 22 Mar. 2015

• História do transporte urbano no Brasil - 19 Mar. 2015

• Regulamento de Circulação de Trens da CPEF (1951) - 14 Jan. 2015

• Batalhão Mauá: uma história de grandes feitos - 1º Dez. 2014

• Caminhos de ferro do Rio Grande do Sul - 20 Nov. 2014

• A Era Diesel na EF Central do Brasil - 13 Mar. 2014

• Guia Geral das Estradas de Ferro - 1960 - 13 Fev. 2014

• Sistema ferroviário do Brasil - 1982 - 12 Fev. 2014

Acompanhe no FB


Busca no site
  
       
Ferrovias | Mapas | Estações | Locomotivas | Diesel | Vapor | Elétricas | Carros | Vagões | Trilhos Urbanos | Turismo | Ferreomodelismo | Maquetes ferroviárias | História do hobby | Iniciantes | Ferreosfera | Livros | Documentação | Links | Atualizações | Byteria | Mboabas | Brasília | Home
Sobre o site Centro-Oeste | Contato | Publicidade | Política de privacidade