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Por conter apenas mapas esquemáticos das ferrovias e repetir em grande parte as informações do Guia Geral das Estradas de Ferro (1960) sobre milhares de estações ferroviárias, a disponibilização completa ficará para mais adiante.
Ferrovias do Brasil - 1956
Estradas de ferro em 1956
Flavio R. Cavalcanti
"Ferrovias do Brasil" (IBGE / CNG) é um dos roteiros fundamentais para se traçar um quadro detalhado das estradas de ferro existentes no país, às vésperas da criação da RFFSA (1957) e do ciclo de erradicações em massa dos trilhos (1961+).
Publicado inicialmente em 1948, com os dados cadastrais das estradas de ferro e pontos de parada em 31 Dez.1946, registrava então uma extensão de 35.348 quilômetros e 4.136 estações, paradas, estribos e postos telegráficos.
Atualizado em 1956, com os dados de 31 Dez. 1955, registrou uma extensão de 37.092 quilômetros e 4.664 estações, paradas, estribos e postos telegráficos. Os dados abrangeram 974 municípios servidos por ferrovias, embora nem sempre na sede municipal.
Definições adotadas:
Estação - local de parada de trens, com abrigo para passageiros, guichê para venda de passagens, depósitos para mercadorias, desvios, oficinas e abrigos para carros;
Parada - geralmente pequena plataforma coberta para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias, possuindo ou não guichê para venda de passagens;
Posto telegráfico - pequena estação telegráfica de propriedade da ferrovia, dispondo de dependências para permanência de empregado e servindo também para embarque e desembarque;
Estribo - construção de alvenaria ou madeira, nem sempre coberta, ao lado da linha férrea, para embarque e desembarque, principalmente, de mercadorias.
As distâncias quilométricas das estações, paradas, estribos e postos telegráficos foram consideradas em relação ao ponto inicial de cada estrada de ferro, com exceção da Linha de Teresópolis[1954 | 1960] e da antiga Estrada de Ferro Maricá[1954 | 1960] que, embora pertencendo à Estrada de Ferro Central do Brasil, não tinham conexão direta com o restante de seus trilhos. A primeira tinha início na estação de Magé, da Estrada de Ferro Leopoldina, e a segunda em Niterói, terminando em Cabo Frio.
Foram desconsideradas as estradas de ferro de uso privado, utilizadas por indústrias, bem como ramais ou trechos de uso privado das ferrovias.
Sob o título de Estrada de Ferro Mossoró - Souza[1954 | 1960], de propriedade e administração federal, foram reunidas também as estações da Estrada de Ferro Mossoró[1954 | 1960], de administração particular (38 km), por constituírem praticamente uma única ferrovia.
Também não foram incluídos os pontos de parada então existentes nos 146 km já construídos da Estrada de Ferro Itanguá - Mafra - Barreto, com início na estação de Esplanada, município de Mafra (SC), e que já atingia Itaiópolis (SC), prosseguindo para o sul. Estava em construção pelo 2º Batalhão Ferroviário. Embora já circulassem trens no trecho construído, ainda não estava entregue ao tráfego público.
Igualmente não constaram os dados da Estrada de Ferro Brasil - Bolívia, com início em Corumbá, por ter apenas duas paradas de pouca expressão nos poucos quilômetros em território brasileiro.
A tabela a seguir resume as 40 a 42 ferrovias cobertas pela publicação de 1956. A Estrada de Ferro Jacuí está indexada com mapa esquemático, mas não na seção "pontos de parada", nem nas "Características das ferrovias"; e a Cia. Estrada de Ferro Mossoró não consta dos índices.
Apenas por curiosidade, são indicadas as siglas listadas no glossário da publicação. Aqui no site estão sendo evitadas siglas pouco conhecidas ou que possam causar confusão.
Tabela montada para o site a partir de diferentes índices e tabelas da publicação de 1956. V = Vapor; D = Diesel; E = Elétrica; Cat. = Categoria econômica; 2 = Administrada pela Fundação Brasil Central; 3 = Tráfego paralisado; 4 = Administrada pelo Serviço de Navegação da Bacia do Prata
Nem é preciso lembrar que todos estes dados estão fortemente sujeitos a falhas de digitação (entre outros). No caso da VFFLB, realmente não consta tração elétrica; e, sim, é isso que consta a respeito da EFPP.