1854-2004 - Planos Ferroviários
Ferrovias & navegação fluvial
Flavio R. Cavalcanti
Assim como as diversas ferrovias jamais formaram uma rede
de circulação econômica entre Estados e regiões,
cobrindo todo o território nacional, tampouco ligaram adequadamente
as diversas hidrovias que se desejava utilizar — e a navegação
interior não chegou a atender à função
esperada.
A EF Central do Brasil atingiu o São Francisco em Pirapora,
mas na outra extremidade o rio não se ligou às ferrovias
do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba e Pernambuco — a única ligação
foi do São Francisco a Salvador, em um trajeto excessivamente
alongado, e que a partir dos anos 1940 foi atalhado pela ligação
ferroviária contínua.
O Tocantins-Araguaia,
além de constatadas as dificuldades de navegação
regular, nunca foi conectado ao sistema ferroviário do Sudeste
— assim como a Estrada de Ferro Tocantins jamais atingiu o final do trecho encachoeirado
de Tucuruí; nem jamais se ligou ao Nordeste.
O eixo norte-sul da fronteira oeste — a ser formado pelos rios
Paraguai, Cuiabá, Guaporé, Mamoré e Madeira
— jamais recebeu a projetada ferrovia Cuiabá-Guaporé.
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